quarta-feira, 31 de outubro de 2007

PRESIDENTE DO IBQP DERRAPA NA EXPLICAÇÃO SOBRE REPASSES MILIONÁRIOS


A Comissão de Obras, Transportes e Comunicação da Assembléia,quer ouvir a justificativa do governo Requião de repassar uma fortuna, equivalente a um prêmio da Mega-Sena para o Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBPQ). A comissão apurou que os valores dos repasses chegaram a R$ 28,9 milhões, sem licitação, destinado para “avaliação de conformidades” em rodovias do Paraná.

E se fossem inconformidades, seria o dobro de grana? O presidente da Comissão, deputado Marcelo Rangel (PPS), não se convenceu com as respostas do presidente do IBQP, Carlos Artur Krüger Passos, que não conseguiu responder várias questões levantadas pelo Tribunal de Contas. “O TC apresentou um relatório com vários questionamentos, inclusive com o pedido de devolução de R$ 19 milhões já repassados ao instituto. O senhor Krüger teve dificuldade em apresentar os valores recebidos pelo instituto”.

DEPUTADOS QUEREM OUVIR O GOVERNO PARA SABER ONDE FOI EMPREGADA ESTA MONTANHA DE DINHEIRO


Rangel destacou que é preciso detalhar melhor os repasses, diante do volume de aditivos firmados no decorrer do contrato. “O convênio firmado em 2005 era de R$ 5,9 milhões. Já foram repassados mais de R$ 25 milhões e o total previsto beira os R$ 29 milhões. São aditivos em cima de aditivos que deixam dúvidas quanto à lisura da contratação, que foi efetivada sem licitação”, apontou.“Na minha visão, o trabalho executado pelo IBQP não tem nada de inovador. É um serviço de análise de solo, estrutura de asfalto e análises químicas que poderia ser efetuado pelo próprio DER, sem a necessidade de se contratar um terceiro e pagar esse valor exorbitante”, completou Rangel.

Para o líder da Oposição, deputado Valdir Rossoni (PSDB), muito deverá ser explicado ainda sobre o convênio firmado. “Não foi explicado efetivamente o serviço prestado pelo instituto. Não poderíamos sair da audiência prevalecendo as informações da revista Istoé. O presidente Krüger não soube detalhar os números e justificar os gastos”, destacou Rossoni.Diante da situação, os deputados querem o ouvir o governo, mais especificamente o diretor do Tecpar, Mariano de Matos Macedo e o diretor do DER, Rogério Tizzot, para que expliquem onde foi parar esta montanha de dinheiro, que poderia ser aplicada na área de saúde, só para citar um exemplo.

RUSCH COBRA EM REQUERIMENTO: QUEM ESTÁ PATROCINANDO AS INVASÕES NO PARANÁ?


O deputado Élio Rusch (DEM), quer saber quem está patrocinando as invasões de terra no Paraná. Recentemente, um episódio lamentável na fazenda da Syngenta Seeds, causou a morte de duas pessoas, tudo pela leniência do governador Requião e seu secretário de Segurança.
Por isso, Rusch propôs e conseguiu aprovar na última terça-feira um requerimento que pede informações sobre os convênios firmados entre o governo do Estado e a Fundação da Universidade Federal do Paraná (Funpar). Segundo o parlamentar, a informação que o líder do movimento Via Campesina, Valmir Mota de Oliveira, o “Keno”, morto no confronto da Syngenta, era servidor da Funpar levantou suspeitas que precisam ser investigadas. “Ninguém é a favor da violência. Somos, sim, a favor da reforma agrária, mas contra a invasão. É preciso saber quem está patrocinando essas invasões. Será que esses movimentos que se dizem sociais, em defesa dos pobres, não estão sendo usados como massa de manobra e financiados com recursos públicos?” questionou o deputado.Rusch quer que o governo informe quando e quantos convênios foram celebrados, e qual o objeto de cada um deles, com as respectivas cópias.

GOVERNO DA BOQUINHA INCHA MÁQUINA PÚBLICA, CRIANDO MAIS 20 CARGOS


A Bancada de Oposição lutou, mas não conseguiu impedir que o Governo da Boquinha criasse mais 20 cargos para a Secretaria de Justiça. O inchaço de funcionários comissionados no governo Requião cresce de maneira impressionante. O governo argumenta que precisa atender melhor a população, mas a qualidade dos serviços prestados é cada vez pior, principalmente nas áreas de saúde e segurança pública. Como se não bastasse, o governo já criou cargos para esta mesma função e agora repete a dose. “São cargos e mais cargos criados por esse governo sem qualquer justificativa concreta. Não podemos esquecer da lei que autoriza a transformação de cargos por decreto. Esta lei, apesar de estar sendo contestada na Justiça, está em vigor, o que permite que os cargos criados sejam transformados pelo governador para qualquer outro departamento ou função”, afirmou o líder da Oposição, deputado Valdir Rossoni (PSDB).

Outro fator preocupante, apontado pelo deputado Reni Pereira (PSB), foi que o projeto encaminhado não consta o impacto financeiro como determina a Lei de Responsabilidade Fiscal. “É uma despesa de caráter continuado. O governo tem que dizer de onde vai deduzir os gastos, o que eu duvido que aconteça, ou de onde vem o aumento da receita para suprir esses custos. Ele tem que comprovar que não vai atrapalhar as metas orçamentárias previstas”.

DENUNCIADO, BOTTO DE LACERDA TIRA O TIME DE CAMPO

Sérgio Botto de Lacerda enfiou a viola no saco e foi cantar em outra freguesia. Pulou fora do governo após as denúncias de conflitos de interesses, em que admitiu ter conversado como Consórcio Dominó para defendê-lo na Justiça na pendenga contra o governo Requião, na disputa pelo comando da Sanepar. Botto foi procurador do Estado e ejetou o Consórcio Dominó da Sanepar, como bem lembrou o deputado Ademar Traiano (PSDB), que imediatamente após a divulgação do fato, pelo colunista Celso Nascimento, na Gazeta do Povo, pediu o seu afastamento,
Para Traiano, a permanência de Botto no governo, que ocupava cargos no conselho de administração da ParanáPrevidência e da Elejor, feria os princípios de ética citados pela Ordem dos Advogados do Brasil. Foi um xeque mate!Os deputados de oposição ressalvaram, entretanto, o brio do ex-procurador, que se prontificou a deixar o governo, quando percebeu a gravidade da situação. Se todos os membros do governo, que se vissem em situações embaraçosas deixassem os cargos, a equipe teria sofrido grandes mudanças, e como certeza, o governo Requião gozaria de mais respeito junto à oposição e à opinião pública. Mas ocorre ao contrário. Quanto maiores são denúncias, mais a turma se agarra aos cargos. As honrosas exceções, por enquanto, ficam para Botto de Lacerda e Sandra Turra, que saiu atirando da Ceasa. Bola branca!

PARANÁ DÁ CALOTE E TEM VERBAS FEDERAIS BLOQUEADAS


Aos poucos, Requião está conseguindo inviabilizar o Estado. Como não faz acordo com Itaú e nem paga a multa pelos títulos de podres, no valor de R$ 5 milhões mensais ao banco, A Secretaria do Tesouro Nacional (STN), mandou suspender os repasses de verbas federais ao Estado por inadimplência. Isso mesmo. O calote de Requião colocou o Paraná numa espécie de SPC, por pura incompetência para resolver a questão. O Paraná deve pouco mais de R$ 1 bilhão ao Itaú. Como se sabe, banco não perdoa dívida.
A situação está cada vez mais séria e Requião fica brincando com assunto. O Paraná pode ficar sem receber um tostão do PAC – Programa de Aceleração do Crescimento. Não é pouca coisa. Beira os R$ 800 milhões, mais da metade do orçamento do Estado.

Mas Requião não leva a sério. Instruiu a procuradora Jozélia Broliani a fazer plantão em Brasília e tentar mobilizar a base paranaense para pressionar a votação da emenda que eliminaria a multa. Requião não toma a frente do processo. Fica andando cavalo na Granja do Cangüiri. Para ele é demais botar um terno, fazer a barba e tentar negociar a situação com o banco e com o governo para resolver este imbróglio de uma vez. Nada disso. Fica gritando aqui na Escolinha para os seus, única platéia que ainda o agüenta. Ele quer que Lula resolva. O presidente está em outra, pensando na Copa do Mundo de 2014 e já nem atende mais seus telefonemas. Requião virou rádio de botequim em Brasília: fica ligado o tempo todo, mas ninguém lhe dá atenção. O Paraná vai mal, muito mal.

terça-feira, 30 de outubro de 2007

PESCARIA NO PANTANAL VAI FISGAR PEIXES GRAÚDOS


Dois coelhos com uma cajadada? O radar ligado de Ruth Bolognese noticiou hoje que Gleisi Hoffman, que anda fru-fru por aí como candidata a prefeita em Curitiba, e seu marido, poderoso ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, ocupavam cargos chaves, de Coordenação Geral, Fazenda e Gestão Pública, no governo de Zeca do PT no Mato Grosso, no período de 1999 a 2006.

Até aí nada demais, não fosse o fato de ter sido estourado um monumental escândalo, o chamado Mensalão do Pantanal, através do qual o governo da época angariava apoios. Investigações iniciais apontam não só para Caixa 2 mas até para Caixa 3, no Mato Grosso. Gleisi e Paulo Bernardo cuidavam das finanças deste governo.

OPOSIÇÃO QUER CPI PARA INVESTIGAR REPASSES ÀS ONGS

A bancada de Oposição na Assembléia não vai participar da Comissão Especial de Inquérito (CEI), que pretende investigar os repasses do governo às ONGS e entidades filantrópicas. Embora o caso tenha sido levantado pela bancada – ontem revelou-se que os repasses foram maiores que os já divulgados -, os deputados oposicionistas acreditam que CEI vai terminar em pizza. “Queremos uma CPI para investigar o assunto, porque teremos poder de Justiça para convocar as pessoas, requisitar documentação”, justifica o líder do bloco, deputado Valdir Rossoni.
O caso é preocupante. Ontem, Rossoni revelou que o valor total despendido pelo governo entre 2003 e 2006 não seria de R$ 384 milhões, como revelado por ele na semana passada, mas chegaria a R$ 529 milhões. Rossoni diz que os R$ 384 milhões se referem apenas às chamadas despesas correntes – para gastos de manutenção e custeio.
Se somados às despesas de capital – que incluem repasses para a aquisição de equipamentos, reformas, móveis, instalação e material permanente, o valor sobre para R$ 529 milhões, uma média de R$ 132,4 milhões por ano, nos quatro anos do mandato anterior do governo Requião.

GOVERNO ESCONDE NÚMEROS E TENTA DISTORCER A VERDADE

Na semana passada, o governo se defendeu acusando a oposição de fazer um “factóide”, e alegando que a maior parte dos repasses, ou R$ 311 milhões, teriam ido para as Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes). Ao mesmo tempo, acusou a oposição de usar os números de forma distorcida, atingindo assim as Apaes. Não é verdade. O governo de esconde os verdadeiros valores repassados às ONGs e entidades filantrópicas e de usar de má-fé para tentar jogar a opinião pública contra a oposição. “O governo admite ter distribuído R$ 320 milhões para as ONGs e OSCIPs, mas a oposição estabeleceu, baseada em dados oficiais do Balanço Geral do Estado, que os valores são muito maiores. Entre 2003 e 2006 o governo Requião distribuiu para organizações não governamentais nada menos R$ 529 milhões. Encontramos R$ 145 milhões a mais que no primeiro levantamento”, afirmou.
Rossoni afirmou que o governo vem usando de evidente má-fé numa tentativa de confundir a opinião pública. “Em nenhum momento a oposição questionou a distribuição de recursos para as Apaes, que, todos sabemos, são organizações sérias, respeitáveis e com certeza podem prestar contas sobre o dinheiro que receberam a qualquer hora”, afirmou.

BOTTO DE LACERDA ADMITIU QUE POR MAIS DINHEIRO, DEFENDERIA O CONSÓRCIO DOMINÓ

É o fim da picada! O ex-procurador Sérgio Botto de Lacerda estaria disposto a advogar os direitos do Consórcio Dominó junto ao governo, na pendenga sobre o controle da Sanepar, se os honorários não fossem tão baixos. Com amigos assim Requião, decididamente, não precisa de inimigos.
O deputado Ademar Traiano (PSDB) considerou que as declarações do ex-procurador, publicadas na segunda-feira pelo colunista Celso Nascimento na Gazeta do Povo, a configuração de crime que deve ser punido. Segundo Traiano, o ex-procurador admite claramente, em correspondências com o presidente da empresa Vivendi S/A (empresa que detém 30% de ações no consórcio Dominó que possui participação na Sanepar), Marlik Bentabet, que estaria disposto a agir a favor da empresa na briga com o governo estadual se não fosse o valor da remuneração oferecida.
Para o líder dos tucanos, Sergio Botto incorreu em crime que poderá ser enquadrado no Código Penal. "Como ex-procurador, ele jamais poderia admitir a possibilidade de atuar a favor da Vivendi. Até pouco tempo ele patrocinou ações do governo contra a Dominó e foi ele quem assinou o ato que tirou o poder da Dominó na Sanepar. É inadmissível essa postura".

CONFLITO DE INTERESSES FICA CLARO NO CÓDIGO DE ÉTICA DA OAB

Traiano citou que a atitude de Botto fere o artigo 20 do Código de Ética da OAB e também o artigo 355 do Código Penal. Será que ele está desaprendendo advocacia,ele que se acha o maior mesmo não tendo um causa em favor do governo? "Os códigos deixam claro que um advogado não pode assumir a defesa da outra parte. Seria antiético se o ex-procurador aceitasse tal causa, sendo um ato passível de detenção e multa, pelo Código Penal", explica Traiano.
O deputado disse ser lamentável esse tipo de situação em um governo que diz agir pela moralização. "O ex-procurador fica sob suspeita em suas ações no governo. O correto seria que o Botto renunciasse seus cargos no conselho da Elejor e também na ParanaPrevidência sob pena de colocar em xeque qualquer ato que tenha participado, já que não sabemos a favor de quem ele está atuando", disse.
Código Ética da OAB
Art. 20 - “O advogado deve abster-se de patrocinar causa contrária à ética, à moral ou à validade de ato jurídico em que tenha colaborado, orientado ou conhecido em consulta; da mesma forma, deve declinar seu impedimento ético quando tenha sido convidado pela outra parte, se esta lhe houver revelado segredos ou obtido seu parecer”.
Código Penal
Patrocínio Infiel
Art. 355 – Trair, na qualidade de advogado ou procurador, o dever profissional, prejudicando interesses cujo patrocínio, em juízo, lhe é confiado:
Pena – detenção, de seis meses a três anos, e multa.
Patrocínio simultâneo ou tergiversação
Parágrafo único – Incorre na pena deste artigo o advogado ou procurador judicial que defende na mesma causa, simultânea ou sucessivamente, partes contrárias.

INVESTIDORES DA PETROBRAS CADA VEZ MAIS DESCONFIADOS


Investidores da Petrobras, principalmente os trabalhadores que aplicaram dinheiro do suado Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, devem ficar atentos e colocar as barbas de molho. A estatal petrolífera não promove realinhamento dos preços dos combustíveis com o mercado internacional há dois anos, o que impediu que seus acionistas tivessem ganhos. A estratégia é eficiente para manter a inflação sob controle no País, mas traz duras repercussões no caixa companhia.
Outra coisa: a Petrobras quer voltar a investir na Bolívia, mesmo após ter sido tungada na cara dura por Evo Morales em duas refinarias. Voltar lá para quê? Entregar mais ativos de mão beijada? Além de tudo, a área de investimentos internacionais quer porque quer ampliar os investimentos no Equador, onde o presidente Rafael Corrêa, também está doidinho para deitar as mãos nas plantas da Petrobras, imitando seu colega na Bolívia. No Brasil, a petrolífera já perdeu o posto de empresa com maior valor mercado, sendo ultrapassada pela potência Vale do Rio Doce, que funciona como relógio suíço nas mãos da iniciativa privada. Qual é a da Petrobras? Gestão temerária?

COPEL VIRA BOI DE PIRANHA DO GOVERNO


A Copel virou boi de piranha do governo. A empresa está sendo usada para fazer valer discursos equivocados do governador e tomadas de posições que resultam em retrocesso para o Estado. No caso mais recente, o governo quer usar a companhia para comprar a parte do Consórcio Dominó na Sanepar. Tudo porque, em 2003, Requião rasgou contrato com grupo e agora que está perdendo todas na Justiça, joga a Copel na fogueira para resolver o assunto.
Requião sabe que a volta do grupo Dominó à diretoria da Sanepar já é uma coisa palpável, amparada por decisões da alta instância judicial. Também está ciente, que o grupo pode cobrar caro, por meio de ação judicial, o afastamento forçado desde 2003, período em que deixou de faturar uma grana respeitável. Ou seja: mais um contencioso para os cofres do Paraná criados pelo governador e o jeito agora é torrra dinheiro da Copel para evitar o pior.
Assim o dinheiro que a Copel poderia usar no investimento de geração de energia vai pelo ralo para salvar o discurso do governador, que diz que não se dobra aos interesses do capital e toda aquela baboseira que só os seus puxa-sacos aplaudem por obrigação.Recentemente, todos lembram, a Copel foi metida em outra aventura, a dos pedágios, outro nó cego que o governador criou, graças à sua intransigência com as concessionárias. Felizmente a Copel-Pedágio. Pediu um preço muito alto para a tarifa. Mas a idéia não era baixar o pedágio?

REQUIÃO RASGA CONTRATO ASSINADO COM O ITAÚ E AGRAVA PROBLEMA DA MULTA DO BANESTADO

Terça Insana 2: a missão. Requião chutou o balde e disse que não tem acordo com o Itaú. Arrependeu-se de ter assinado o documento com um alto executivo do bancão, Roberto Setúbal, no último dia 8, que colocaria fim à multa de R$ 5 milhões mensais, aplicada pela Secretaria de Tesouro Nacional (STN) ao Paraná, em função do não pagamento dos títulos podres do antigo Banestado. Requião rasgou o contrato, mais uma na sua coleção e com sua ira galopante, em busca de criar um Paraná bolivariano, disse que o Itaú deveria sair do Paraná e assim extinguir os milhares de empregos que gera.
Se uma tragédia dessas acontecesse, quem sabe Requião abrigaria todos os ex-funcionários no governo, numa versão mais escrachada da farra dos cargos. Mas não cremos que os valorosos funcionários do Itaú se prestem a um papel destes.
Agora o governo conta com uma estratégia da bancada federal paranaense de tentar obstruir as votações no Congresso, até que a multa entre em pauta. É uma tentativa desesperada, primeiro porque é preciso levar em conta que muitos dos parlamentares são de oposição e mesmo que aleguem interesse pelo bem maior do Estado, porque tornariam melhor a vida de Requião, logo ele famoso por não poupar os inimigos?Há também a questão de números. Nossa bancada é pequena: terá forças contra o rolo compressor da base aliada, que fará tudo, tudo mesmo, para aprovar a CPMF ainda este ano? Não percam a próxima Terça Insana!

REQUIÃO ASSINA CONFISSÃO DE CULPA SOBRE A INVASÃO DA SYNGENTA SEEDS


Confissão de culpa. Foi o que governador Requião fez, hoje durante mais uma Terça Insana, na Escolinha de Governo, onde se aprende principalmente em como não se deve administrar um Estado. Lá, Requião assumiu frente à sua platéia de áulicos que quer mesmo banir a Syngenta Seeds do Estado. Mais: disse que a invasão dos sem terra estava programada “apenas” para ser um gesto para marcar posição da Via Campesina. Talvez por isso os sem terra estavam armados. Disse com todas as letras (e está gravado), que os sem terra iriam apenas ocupar a fazenda e sair, quando os seguranças apareceram e a tragédia aconteceu.

A pergunta que não quer calar é como o governador estava tão bem inteirado sobre as ações do movimento que ainda não haviam acontecido? Se ele sabia de tudo isso e não ordenou que a polícia impedisse a ocupação, mesmo ciente da crescente tensão social provocada justamente pelas invasões, equivale a dizer que tanto o governador como secretário Delazari têm parcela de culpa nas mortes que ocorreram. Requião deixou claro hoje que sabia o que iria acontecer. Não fez como o presidente Lula que nunca sabe de nada. Logo, como já afirmamos aqui, o governador e o secretário Delazari têm sangue nas mãos.

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

REQUIÃO NÃO PODE MAIS SE ESCONDER SOB A MÁSCARA DA MORALIDADE

Requião toda vida se vangloriou da seriedade de suas gestões, que embora nunca fossem grande coisa, davam a impressão ao distinto público de se resguardar ao menos neste aspecto. Agora nem isso o governador pode falar mais. Consta que o próprio governador, segundo publicou a colunista Ruth Bolognese, teria falado em tom desabafo com o conselheiro do Tribunal de Contas, Heinz Herwig, se queixando da improbidade dos seus auxiliares.
Se Requião teve ou não tal conversa, pouco importa. O que vale é que de fato seu governo está eivado de irregularidades. Mais grave de tudo: não dá respostas convincentes, nem que está punindo ou tomando alguma medida para restituir aos cofres públicos o que foi desviado.

IRREGULARIDADES NA SANEPAR, SECRETARIA DO TRABALHO E PORTO DE PARANAGUÁ FICARAM NA MESMA

Eis alguns exemplos:
SANEPAR - O Ministério Público concluiu que as obras de saneamento litoral, através do programa ParanaSan não foram concluídas. O valor inicialmente previsto para o serviço era de R$ 69 milhões, mas a Sanepar repassou um total de R$ 113 milhões à Pavibrás, mas as obras não foram concluídas e a empresa ainda cobra na Justiça outros R$ 40 milhões. Dois inquéritos civis estão em curso mo Ministério Público. Também na Sanepar há denúncias de desvio de cerca de R$ 2,5 milhões em verbas destinadas à publicidade da Companhia. Até hoje, não se tem notícia de resultado da sindicância.
ONGS - No ano passado, o Tribunal de Contas apontou irregularidades na Secretaria de Estado do Trabalho (Setp), que num período de quatro meses, autorizou 436 liberações de recursos para ONGs e Oscips totalizando mais de R$ 5 milhões. Mesmo com a recomendação do corregedor-geral do Estado, Luiz Carlos Delazari, para que atual secretário Nelson Garcia realizasse as sindicâncias, não existe nenhum sindicância interna em andamento.
PARANAGUÁ - Outra situação embaraçosa é a de Paranaguá. O ex-diretor-técnico do Porto de Paranaguá, Leopoldo Campos, foi demitido porque apontou favorecimento a particulares em processo de licitação da dragagem e na construção do terminal de fertilizantes no Porto. O diretor apresentou um dossiê com suas denúncias ao governador Roberto Requião que, em lugar de tomar providências, repassou o material ao superintendente da APPA, Eduardo Requião, que demitiu Campos e e decidiu manter tudo como está.

COMPANHEIRO DE CAVALGADA DE REQUIÃO VAI TOCAR A IMPRENSA OFICIAL

Como é bom ser amigo do rei! O companheiro de cavalgadas de Requião, empresário Eviton Henrique Machado é o novo diretor da Imprensa Oficial. Eviton é dono da gráfica Fotolaser e companheiro de longa data do governador Roberto Requião. Ele doou R$ 30.700 para a campanha do governador em 2002 e sua empresa somente entre 2004 e 2006 faturou R$ 2,2 milhões com o aluguel de máquinas fotocopiadoras e outros serviços gráficos. Toda vez que as máquinas do Diário Oficial do Estado excediam a capacidade, lá vinha a Fotolaser do Éviton para socorrê-las. Que sacrifício, hein?

domingo, 28 de outubro de 2007

GOVERNO REQUIÃO ESCONDE VALORES DE REPASSES ÀS ONGS E CRIA MAIS UMA CAIXA-PRETA

O deputado Romanelli, líder do governo, tenta jogar a população contra os deputados de oposição. Tudo porque os deputados que fazem oposição ao governo, querem saber para quais ONGS – organizações Não Governamentais -, e quais os valores dos repasses de verbas feitos pelo governo Requião. Romanelli diz que os deputado são contrários às Apaes, quando o que eles estão fazendo é exercer uma das suas mais nobres prerrogativas, que é fiscalizar a aplicação do dinheiro público, que o governo recolhe em forma de impostos da população.
Só uma mente perturbada poderia supor um raciocínio tão simplista assim. Mas explica-se. Romanelli e a tropa de choque do governo estão acuados nas cordas, tamanho o volume de escândalos de corrupção do seu governo. Por que os deputados de oposição querem ver os repasses para às ONGs? O governo Requião repassou R$ 20 milhões ao Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBPQ), o equivalente a um prêmio de Mega-sena, sem nenhum motivo aparente que justificasse tamanho investimento.
Isso não é motivo suficiente para reavaliar estes repasses do governo, deputado Romanelli? O que mais vocês estão escondendo aí para reagir de forma tão estabanada assim a um simples pedido de informação? Se não tem nada de errado nos repasses do governo Requião com as ONGs, então, deputado Romanelli, apresente os números. Traga na assembléia. Quem não deve não teme!

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

GOVERNADOR SE ESBALDA E POPULAÇÃO MORRE NA FILA DA SAÚDE

A situação dramática da saúde do Estado parece não incomodar o governador Requião e seus auxiliares. Toda vez que se fala das mortes por falta de atendimento, o governo mostra os projetos de hospitais regionais, nenhum inaugurado até agora e alguns nem saíram do chão. Só agora o secretário Cláudio Xavier, reconhecidamente incompetente para o cargo está sendo substituído e é muito provável que seu substituto, Gilberto Martin, deixe tudo como está. Ou seja: em estado de abandono.
O fato é que enquanto Requião corre o mundo, anda a cavalo e desfruta de uma boa vida, a falta de atendimento na emergência do Pronto-Socorro (PS) de Ponta Grossa foi responsável por 432 mortes, de agosto de 2003 a setembro deste ano. Desse total, 234 pessoas morreram pela falta de um leito na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Os pacientes esperaram, em média, 52 horas no PS, entre a solicitação de uma vaga no sistema de urgência e emergência e a morte. Administrado pela Prefeitura de Ponta Grossa, o PS recebe a maior parte das internações de usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) da região dos Campos Gerais. Esta é a dura realidade, segundo o relatório do Ministério Público do Paraná (MP-PR).

PROMOTORIA VAI PEDIR INTERVENÇÃO NA SAÚDE DO PARANÁ

Se os números frios não são suficientes para sensibilizar as autoridades, as minúcias do sistema de urgência e emergência gerenciado pela Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), são chocantes. “Há casos de pessoas que ficaram quase 13 dias aguardando por leito de UTI. Isto é, além de negar atendimento hospitalar, espezinhar direitos humanos fundamentais de pessoas pobres, que não têm condições de pagar e dependem exclusivamente do SUS”, relata o promotor Fuad Faraj, coordenador do estudo.
A Promotoria de Justiça informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que vai solicitar intervenção do governo federal no Estado junto ao Ministério da Saúde e à Procuradoria-Geral da República. O relatório será encaminhado à Comissão de Direitos Humanos do Congresso Nacional e a todos os desembargadores do Tribunal de Justiça (TJ) do Paraná.

ATÉ A MÍDIA CAPACHO ESTÁ NOTICIANDO ESCÂNDALOS DO GOVERNO REQUIÃO

Quem diria! Até a mídia capacho está divulgando casos de corrupção do governo Requião. A coisa chegou a um ponto que nem o Hora H News está perdoando e lascou fogo no desvio da Imprensa Oficial do Estado, que pode chegar a R$ 50 milhões, segundo dados que já estão à disposição da Corregedoria e Ouvidoria Geral do Estado e o Ministério Público.
A bronca estourou após denúncia formulada por Nélson Guimarães (ex-presidente da Imprensa Oficial, que ocupou o cargo por curto período depois da demissão de João Formighieri). A denúncia inicial se reportava ao desvio de 600 toneladas de papel e R$ 15 milhões. Mas na hora que começaram a escavar encontraram muito mais. O dinheiro era desviado através de notas frias pagas a empresas-fantasmas. Os auditores que investigam o caso já comprovaram que a maioria delas tinha um único dono, que usava testas-de-ferro e laranjas. Algumas dessas empresas tinham endereço frio e dispunham de apenas um talão de nota fiscal, igualmente frio, segundo informações obtidas junto a Receita Federal.
As empresas beneficiadas e que estão sendo investigadas, de acordo com informações preliminares, são as gráficas Euro, Exklusiva, Trevo, Setnop, Pirâmide, Leadercomp, Flexopel, Talento, Royal, Solar, Labate, Quimagraf entre outras que, juntas, faturaram mais de R$ 50 milhões nos últimos quatro anos.

CONSÓRCIO DOMINÓ É SÓ UM DOS PROBLEMAS DA SANEPAR

A crise na Sanepar não é apenas sobre a disputa do controle acionário, com o Consórcio Dominó, briga esta que Requião está perdendo de goleada. O problema é mais embaixo. Vários municípios estão pensando seriamente em não renovar convênios com a estatal, porque avaliam que não estão sendo atendidos no quesito saneamento, principalmente.
Basta ver o caso de Matinhos, que tem o famoso “penicão”, por absoluta falta de saneamento. Aquele depósito de fezes, já seria uma vergonha para qualquer cidade, quem dera para uma cidade turística. Este “cartão postal”, dá a medida como o governo se importa com a nossa orla. A temporada de verão está chegando, o monumento continua lá.
Mais grave tudo é que os moradores de Matinhos pagaram religiosamente as taxas de esgoto, que a Sanepar recolheu sem pudor. Pior pagou milionários aditivos à Pavibrás, (R$ 113 milhões), empreiteira contratada para obras saneamento, que recebeu e não entregou obra de ampliação do sistema de esgoto no litoral.
Por estas e outras, vários municípios repensam o convênio com a Sanepar e alguns até avaliam a possibilidade de rompê-lo para criar uma empresa municipal de água saneamento municipal.

POVO PAGA TAXAS MAS NÃO VÊ RETORNO EM OBRAS DE SANEAMENTO

Toda vez que se fala em Consórcio Dominó, que através de decisões judiciais está conseguindo retornar à diretoria da Sanepar, o governo diz que a água é um bem público, etc. Mas acontece que o povo está pagando e não vê o retorno dos investimentos da companhia em bem-estar da comunidade. A verdade é que a Sanepar não está conseguindo suprir a demanda por serviços, que exige investimentos pesados.
Complicado é que no meio disso tudo existe uma condução temerária da empresa, não em tarifa social, mas em cabides de empregos – Rogério Distefano, que foi diretor da companhia disse com todas as letras que eles existem, são numerosos e com altos salários. E além dos R$ 113 milhões que já embolsou, a Pavibrás ainda cobra mais R$ 40 milhões na Justiça. Convenhamos, é muita lambança sem explicação.
Há quem diga que ainda o pior está por vir. Amparado por decisões da Justiça, inclusive altas instâncias, como Superior Tribunal de Justiça, o Consórcio Dominó vai cobrar uma conta elevada, por conta do período a partir de 2003, que foi ejetado da Sanepar, por causa do rompimento do contrato de Requião. Essa novela vai longe...

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

MINISTÉRIO DA SAÚDE MOSTRA QUE A VIOLÊNCIA AUMENTOU NO PARANÁ


A Secretaria de Segurança estrilou com o estudo do Ministério da Saúde, que aponta que a taxa de homicídios no Paraná subiu, ao contrário do que ocorre no País e estados vizinhos. De acordo com estudo do ministério, no Paraná a taxa saltou de 25,5 homicídios por cem mil habitantes em 2003, para 27,9 em 2006. No Brasil, a média de 28,9 homicídios por cem mil habitantes em 2003, três anos mais tarde estes índices passaram para 23,9, respectivamente.
A bronca da Secretaria de Segurança é evidente: há tempos o secretário Delazari, certamente instruído pelo governador Requião, escamoteia os números da violência em Curitiba e no Paraná. Tanto é assim que o deputado Mauro Moraes, é autor de um projeto que obriga a secretaria a mostrar os dados da violência.
Mas quando um órgão sério como o Ministério da Saúde pega as certidões de óbito e conta os cadáveres, a verdade aparece e ela é dura. Contra todas as versões da secretaria, o estudo mostra que a violência no Paraná está em preocupante escala ascendente. O secretário diz que vai mostrar seus números, que certamente serão menores que estes. Todo mundo quer saber qual é a mágica dele. É só olhar os jornais para ver a pilha de cadáveres, coisa que o pessoal da escolinha finge não ver.

PROBLEMA SÃO AS FRONTEIRAS DESGUARNECIDAS E A MIGRAÇÃO DO CRIME

Diferente da fala pastosa do secretário Delazari, um mestre em abobrinhas, o estudo Ministério da Saúde, elaborado pela coordenadora, Maria de Fátima de Souza, esclarece que o aumento dos índices paranaenses pode estar relacionado - em parte, viu secretário! -, à diminuição dos números de São Paulo, provocando a migração do crime. Não é desculpa para inação dos órgãos de segurança, que fazem atuações eletivas: prendem seguranças, soltam sem terra e assim por diante.
Outra coisa: Foz do Iguaçu é um paiol de pólvora, assim como Cascavel e outras cidades de fronteira, devido ao aumento do contrabando de armas e drogas. Foz pediu este ano apoio da Força Nacional de Segurança, mas o governador Requião, outro campeão em besteirol, disse que Foz precisava é de trabalho. Não. Foz precisa de um governador de verdade e o Paraná também.
O problema da segurança pública não se resolve com bazófias e fanfarronices. Não adianta ficar comprando viaturas e armamento se não existe uma política de segurança pública. Além do mais, o criamezinho de PMs – um contingente de 14 policiais que poderiam atender uma pequena cidade -, continua firme e forte na Granja do Canguiri, cuidando dos cavalos do governador, uma prova da seriedade com o que o tema é tratado.

OPOSIÇÃO DENUNCIOU HÁ DOIS ANOS DESVIOS NO PROGRAMA DO LEITE


Há dois anos, o governo esperneou quando a oposição denunciou suspeitas de corrupção no programa do leite do governo Requião. Na época, argumenta-se que o governo estaria pagando muito alto pelo produto e além disso, que a compra se referia aos 30 dias cheios do mês,quando se sabe que escolas regulares não têm atividade aos finais de semana.
O governo esbravejou, fez um verdadeiro drama, tentando jogar a opinião pública contra a oposição, como sempre faz, e o caso caiu no esquecimento.
Mas nestes tempos estranhos que estamos vivendo, em que até o Ferreirinha reapareceu, não é que a denúncia do leite também retorna e vitaminada (como leite é saudável), para desmentir todos os argumentos furados do governo? Fontes da Ceasa, onde viceja um cipoal de irregularidades, que dá arrepios em Requião, garantem que tem gente se dando bem com o leitinho das crianças, especialmente a sobra dos finais de semana, que o governo não precisaria adquirir. Consta que, segundo publicou o colunista Fábio Campana, uma grana de R$ 120 mil por final de semana é depositada numa agência do Banco do Brasil no Juvevê. É uma mesada respeitável.

CHEGA DE CONVERSA: É HORA DE INSTALAR A CPI DA CORRUPÇÃO NO PARANÁ

Por estas e outras é que é risível ouvir o deputado Luiz Cláudio Romanelli dizer que o governo é austero. Como diria o saudoso humorista Bussunda: - Fala sério, Romanelli. Por estas e outras é que está mais do que na hora de instalar a CPI da Corrupção. Parece estar evidente que o governo Requião está minado por escândalos de corrupção. Embora seja duro para o governador admitir isso é inegável que muitos dos seus auxiliares mancharam de forma indelével seu governo com desvios e irregularidades.Pior de tudo, conforme atestam os deputados de Oposição, é que há uma sistemática falta de explicações convincentes. Por isso aos deputados de oposição não resta outra saída a não ser propor a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar a corrupção no governo do estado. A oposição estará mobilizada a partir de agora para coletar as assinaturas para a instalação da CPI.
Os deputados destacaram cinco temas considerados mais graves e que envolvem maior volume de recursos públicos para concentrar as investigações da CPI. Entre eles estão os gastos excessivos com viagens; os aditivos milionários da Pavibras; a compra das 22 mil televisões laranja; repasses de R$ 384 milhões para ONGs e OSCIPs e os gastos escandalosos com a publicidade. Mas, claro: casos como o do leite das crianças, terão que ser investigados.

META INICIAL É UMA DEVASSA EM CINCO FOCOS DE CORRUPÇÃO

A expectativa do líder da Oposição, deputado Valdir Rossoni (PSDB), é que, com a instalação da CPI, o governo seja obrigado a esclarecer essas questões que vêm intrigando a oposição e a sociedade paranaense. "Não é possível aceitar a falta de transparência deste governo. Já enterraram a CEI da Comunicação e até agora não explicaram a compra dos televisores laranjas. Como são poucos os deputados de oposição, a solução é fazer uma CPI que aborde todos esses temas para chegarmos à conclusão da roubalheira que está acontecendo nesse governo", diz Rossoni."O requerimento está à disposição dos parlamentares para assinar. Já estou avisando a todos para que não tenham dúvidas da proposta desta CPI. É preciso fazer algo com urgência. A quantidade de denúncias de corrupção que chega todos os dias ao meu gabinete é enorme. Os números deixam qualquer um de cabelo em pé", alertou o líder da oposição.
A CPI da Corrupção irá investigar cinco temas que tem sido objeto de denúncias constantes dos deputados de Oposição:
- Gastos com viagens e cartão corporativo;
- Contratos e aditivos na Sanepar;
- Compra de 22 mil televisores laranjas;
- Repasses às instituições não governamentais (ONGs e OSCIPs);
- Gastos com publicidade e propaganda do Governo.

GOVERNO REQUIÃO NÃO DIZ PARA QUAIS ONGS DEU R$ 384 MILHÕES

Para ilustrar melhor como anda o problema no governo, o deputado Valdir Rossoni (PSDB) citou que o governo Requião promoveu repasses “abusivos” de dinheiro público para ONGs e OSCIPs. “Em quatro anos foram distribuídos R$ 384 milhões para organizações não governamentais (ONGs) e para organizações da sociedade civil de interesse público (Oscips), segundo revela o Balanço Geral do Estado”, disse Rossoni.O que chama a atenção, segundo o deputado, é o crescimento significativo dos repasses a partir do primeiro ano do mandato do governador Roberto Requião que iniciou em 2003, foram distribuídos R$ 41,1 milhões para entidades privadas sem fins lucrativos. Os valores saltaram para R$ 129,1 milhões em 2006, um aumento de 214,10%. Para Rossoni, a questão é quem está recebendo toda esta dinheirama. O deputado Romanelli citou que parte dos repasses foram feitos à APAEs, mas e o resto? Onde foi parar?
Há 60 dias (14/08) a bancada da Oposição aprovou requerimento pedindo informações detalhadas às secretarias da Educação e do Trabalho sobre os repasses a organizações não governamentais e até o momento não obteve respostas. No total, o governo Requião distribuiu em quatro anos R$ 384 milhões para ONGs e OSCIPs. Em 2003 foram R$ 41,1 milhões, em 2004 foram R$ 103,5 milhões, em 2005 R$ 110,3 milhões e em 2006, ano eleitoral, o número atingiu o recorde de 129,1 milhões.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

RANGEL COBRARÁ PRESTAÇÃO DE CONTAS TRIMESTRAL DOS GASTOS EM PROPAGANDA DO GOVERNO

O deputado Marcelo Rangel está empenhado em tornar mais transparente a área de comunicação do governo do Estado. O setor está envolvido em negócios nebulosos: entre 2005 e 2006 foram gastos R$ 150 milhões e ninguém explica onde. Para tentar abrir esta caixa-preta Rangel promoveu audiência pública com setores de Comunicação Social, para, dali, extrair idéias para um projeto de lei que discipline as transferências de recursos do Governo do Estado para os veículos de comunicação.
“Os maiores fiscalizadores são os próprios órgãos de imprensa e esperam que um projeto dessa natureza seja votado e aprovado o mais breve possível”, disse Rangel, que já tem delineada a matéria.
A intenção é exigir que o Governo do Estado, trimestralmente, divulgue a planilha de gastos na área de comunicação, incluindo notas e PADVs referentes a cada campanha desenvolvida em forma de propaganda.
As planilhas deverão ser entregues à Assembléia Legislativa e aos representantes das empresas de comunicação, como AERP (Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná), ADJORI (Associação dos Jornais e Revistas do Interior do Paraná), SINASPRO (Sindicato das Agências de Propaganda do Paraná) e Sindicato das Empresas de Radiodifusão e Televisão do Paraná, que estiveram presentes na audiência pública de ontem, além do conselheiro do Tribunal de Contas do Paraná, Fernando Guimarães.

LULA NÃO ESCREVE, NÃO TELEFONA, NÃO MANDA TORPEDOS...

Requião chorou as mágoas na última escolinha: reclamou que o presidente Lula está de marcação com o Paraná. O governador está magoado com a história da multa dos títulos podres que o estado tem de pagar ao Itaú, que o presidente não abonou. Pudera: Requião contou com os ovos da galinha antes que ela botasse. Bateu no peito e saiu cantando vitória que o assunto tinha sido resolvido, que tinha acertado com Lula, etc..
Acontece que os critérios para resolução do problema serão técnicos, como já deixou claro o ministro Guido Mantega. A Secretaria do Tesouro Nacional não pode deixar de aplicar a multa de R$ 5 milhões porque outros estados na mesma situação vão evocar o mesmo direito e aí a Lei de Responsabilidade Fiscal vai para o espaço.
Nada disso sensibiliza Requião, que diz que o Paraná está sendo discriminado. Diz que Lula não atende mais telefonemas seus, nem a ministra Dilma Roussef, o que para ele é sinal que o Paraná está sendo escanteado. Mas não foi o Lula que declarou uma vez que tinha “uma coisa de pele com Requião”? O que mudou? Se Lula ficou de mau com o governador, está sendo magnânimo, levando em conta os pecados do governador, que não perde a oportunidade de sentar a borduna no governo federal. É o que dá...

PEDIDA INTERVENÇÃO FEDERAL NO PORTO DE PARANAGUÁ


Encrenca no porto de novo. No dia em que o governador Requião e seu irmão Eduardo inauguraram o primeiro terminal público de álcool do País em Paranaguá, o Ministério Público Federal pediu a intervenção federal no porto ao Supremo Tribunal Federal (STF). Inicialmente tramitando na Vara Federal de Paranaguá, os autos foram remetidos ao STF pelo entendimento do juiz federal substituto Carlos Felipe Komorowski de que a vara não tinha competência para julgar o mérito.
O motivo alegado pelo MPF é que a superintendência da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina - Appa, comandada pelo Naná Eduardo, ignora as deliberações do CAP, Conselho de Autoridade Portuária, o que vai contra a Lei dos Portos (Lei n.º 8.630/1993). O MPF acusa que a Appa estaria desafiando as leis “movida por interesses ideológicos e políticos” e por birra do Naná.
Esse não é o único processo pedindo a intervenção no Porto de Paranaguá que tramita na Justiça. No Superior Tribunal de Justiça (STJ) corre um mandado de segurança movido pela Associação Nacional dos Exportadores de Cereais com o mesmo objetivo, por conta das proibições de transporte de produtos geneticamente modificados no terminal.

Infelizmente para os paranaenses, cada notícia boa que surge no porto vem sempre acompanhada por pelo menos duas ruins. Triste sina!

GOVERNO QUER NEGOCIAR TARIFAS DO PEDÁGIO APÓS SER CONDENADO A PAGAR INDENIZAÇÃO MILIONÁRIA


Depois de criar um contensioso da R$ 170 milhões com as concessionárias de pedágio, valor correspondente às depredações e toda sorte de ataques que as empresas sofreram por atitudes diretas ou indiretas do governo do Estado e recorreram à Justiça, o governador Requião agora acena a bandeira branca para discutir a redução das tarifas de pedágio. Na verdade, quem negociará é a Comissão de Transportes da Assembléia, onde as empresas com certeza encontraram interlocutores lúcidos e sérios para tratar do assunto, coisa que no lado do governo é uma raridade.
Mas é sempre assim. Primeiro Requião rasga contratos, esbraveja, cria prejuízos incalculáveis ao erário e depois pede arrego. Lembrem do caso da UEG de Araucária, quando o Estado teve que desembolsar R$ 400 milhões, por conta do rompimento de contrato com a americana El Paso. E mais recentemente, o caso do Banco Itaú. Requião fechou acordo sobre a multa dos títulos podres, estes com valor de R$ 1 bilhão, enquanto Itaú só devolverá R$ 200 milhões em contrapartida.
Agora o mesmo acontece com o pedágio, que não baixou e nem acabou como o governador prometera. Precisava todo aquele circo para chegar a constatação óbvia, que o melhor era negociar com as empresas? Mas para o governador era preciso mostrar combate, uma estratégia ignorante que como se vê agora custará caro aos cofres públicos por meio de indenizações. Para o governador tanto faz: ele já fez o circo e quando a conta estourar ele já estará num Senado da vida, quem sabe representando o País num evento em Paris. C’est fine!

terça-feira, 23 de outubro de 2007

QUE PIPOCADA DO SECRETÁRIO DE SEGURANÇA!

A pérola do secretário da segurança, Luiz Fernando Delazari, referindo-se aos seguranças da fazenda Syngenta, é impagável. Lá vai:
“Nós não vamos admitir no Paraná a ação de um bando que promove a violência.”
Deve ser porque os sem terra não admitem concorrência...

CONTRATAÇÕES SÃO PARA A SAÚDE E SEGURANÇA, MAS SERVIÇOS PIORARAM

Incomodado com o carimbo de Governo da Boquinha, dada à quantidade de cabides de emprego na máquina pública, o governo Requião deu uma desculpa esfarrapada para justificar o inchaço de 77% no número de funcionários: a de que os cargos foram criados para melhorar o atendimento à população. O deputado Valdir Rossoni (PSDB), líder da oposição na Assembléia Legislativa, disse que uma “realidade terrível desmente as alegações do Governo do Estado: “alguns dos setores apontados pelo Governo como atendidos pelas contratações, como saúde e segurança pública, são justamente aqueles que mais queixas provocam na população, devido às deficiências evidentes”, avalia o deputado.
No caso da segurança pública, nem se fala. São tiroteios em fazendas e várias cidades reféns da violência, e na capital bairros dominados por traficantes e e crime organizado. “É óbvio que a situação só piorou na segurança”. Rossoni citou o exemplo da Região Metropolitana de Curitiba, que acaba de ser classificada entre as regiões mais violentas do Brasil. “O índice médio de homicídios no Brasil é de 29,6 por 100 mil habitantes, na Grande Curitiba é de 38,1 por 100 mil. Foz do Iguaçu é a campeã brasileira em homicídios de jovens”, observou o deputado.

PRESIDENTE DO IBQP VAI FALAR NA ASSEMBLÉIA

Os deputados terão a oportunidade de ouvir as explicações do presidente do Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade (IBPQ), Carlos Artur Krüger Passos sobre o repasse de verbas públicas ao instituto, na ordem de R$ 20 milhões. A Comissão de Obras Públicas, Transportes e Comunicação aprovou a convocação.
O presidente da Comissão, deputado Marcelo Rangel (PPS), considerou positiva a reunião que serviu para “ratificar o documento assinado pelos deputados na semana passada. Tentaram barrar o nosso trabalho, mas formalizamos a convocação com a maioria na comissão”. Rangel espera esclarecer as denúncias apresentadas pela revista Isto É de que o IBQP teria recebido repasses de maneira irregular. “O poder Legislativo não pode ficar distante nessa questão. Acho que tudo pode ser esclarecido e teremos condições de dar uma resposta à população”, declarou.

PM DEVERIA BUSCAR PROTEÇÃO CONTRA INGERÊNCIA POLÍTICA

A PM do Paraná, uma instituição com 153 anos, deveria ter um regimento interno que pudesse limitar a interferência de governos nas suas atividades, afinal os governantes passam e a PM continua.
O fato de o comandante ser ungido pelo governador não significa que todas as suas vontades tenham que ser respeitadas, pois o governador, ou qualquer cidadão, não está acima da lei, muito menos os sem terra. Da mesma forma, o comandante indicado não precisa ficar devendo obrigação ao governador, pois sua nomeação deve se pautar pelo critério de patente e competência e nunca por afinidades políticas.
Lei existe para ser respeitada e se assim não acontece vira bagunça, terra de ninguém. Se continuar privilegiando os amigos do poder, a PM vai perder credibilidade junto à população e terá sérios problemas para cumprir sua função na sociedade, que é a de zelar pelo respeito às leis e garantir a segurança dos cidadãos.

POLÍCIA POLÍTICA FECHA OS OLHOS AOS CRIMES DOS SEM TERRA

Já apontamos aqui, mais de uma vez, que no Paraná se instalou uma Polícia Política e somos forçados a voltar ao assunto. Com todo respeito aos bons policiais (eles existem), o episódio da fazenda da Syngenta, em Santa Tereza do Oeste, mostra que a Polícia Política de Requião está com a corda toda.
O primeiro ponto foi que nada fez para impedir que a turma da Via Campesina voltasse a invadir o local, embora existam repetidas reintegrações de posse, obtidas na Justiça, garantindo direitos aos proprietários. Este é o primeiro ponto: vistas grossas, inação.
Segunda questão: depois de ocorrida a tragédia, resultando dois cadáveres, um sem terra e um vigilante, a polícia entrou em ação, prendeu os integrantes da milícia que foram proteger a fazenda e os sem terra. Detalhe: a polícia libertou os sem terra.
A polícia não explica porque não revistou e desarmou os sem terra, visto que sabia onde estavam acampados. Além disso, a polícia sabia do clima de animosidade que existe na área rural da região Oeste, pois os proprietários de terra se sentem inseguros com a falta de ação dos órgãos de segurança de lhes garantir o direito à sua terra e por isso tomaram providências de se proteger por si só. Ou seja: uma ação antecipada poderia desarmar sem terra e fazendeiros, criar uma força-tarefa para proteger as propriedades e assim evitar derramamento de sangue.
Dá para levar a sério a Polícia do Paraná? Ou a política de segurança pública deste Estado? Não dá. O governador é um irresponsável, ao deixar seus amigos sem terra pintarem e bordarem, sem que sofram as penalidades da lei. É a política do Requião: aos amigos tudo, aos inimigos o rigor da lei. Por esta lógica, tanto o governador quanto o secretário de Segurança, têm sangue nas mãos, pois são co-responsáveis diretos pela baderna que impera, patrocinada pelo MST pela conivência com suas ações.

PARA OPOSIÇÃO, SITUAÇÃO MOSTRA UMA TRAGÉDIA ANUNCIADA

Para o deputado Élio Rusch (DEM) as duas mortes na fazenda Syngenta “foi uma tragédia anunciada”. Nos anos de 2004 e 2005 o parlamentar presidiu a Comissão Parlamentar de Inquérito da reforma agrária. Já em 2006 uma Comissão Especial de Investigação apurou quatro invasões de terra no Paraná, entre elas a da fazenda Syngenta. “Foram quase três anos trabalhando sobre o tema. Alertamos o governo do estado para o perigo iminente envolvendo os movimentos sociais e os proprietários de terra. Era como um barril de pólvora prestes a explodir”, lembrou Rusch.
“Não somos contra a reforma agrária. Mas não podemos nos esquecer do direito à propriedade. O governo não atua na reintegração de posse e os líderes desses movimentos sociais se sentem protegidos pelo governo para cometer essas invasões. Ninguém consegue imaginar o que vai acontecer e me preocupa as conseqüências das atitudes do governador”, concluiu.

QUEM SÃO OS MANDANTES DA SEGUIDAS INVASÕES, INDAGA PLAUTO

O líder do Democratas, deputado Plauto Miró Guimarães (DEM), disse que é necessário saber quem são os mandantes das seguidas invasões. “Os invasores sabiam que seguranças armados protegiam a fazenda. Os culpados desta tragédia são os líderes desses movimentos que deram a ordem de invasão. Afinal, com ordem de quem aconteceu a invasão que resultou em tragédia? É preciso investigar para descobrir quem está por trás das invasões”, afirmou.
O deputado Edgar Bueno (PDT) disse que é preocupante a morosidade com que o governo do estado vem tratando as invasões na Syngenta. Bueno acredita que muitos dos invasores sequer são trabalhadores rurais. “Existem muitas pessoas desempregadas que são chamadas pelo MST para participar da invasão. São iludidos, ficam sonhando com a possibilidade de conseguir um pedaço de terra”, afirmou Bueno.Bueno considera que a ausência do poder público faz com que apareçam grupos particulares para defender as propriedades, as famosas “milícias”. “Se não tem a polícia militar para defender uma propriedade, os donos das terras têm que contratar gente para defender. Essa proteção deveria ser feita pelo governo, mas isso não ocorre”, afirmou.
Para o deputado, “o governo deveria se preocupar mais com as conseqüências negativas das invasões do que com questões ideológicas”. Bueno ressaltou que o governador Roberto Requião é contra os transgênicos.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

PSDB DO PARANÁ CONTINUA FIRME NA OPOSIÇÃO

Se alguém tinha alguma dúvida de que o PSDB se manteria firme na oposição, ontem ela foi dissipada com a recondução do deputado Valdir Rossoni à presidência do partido, numa chapa de consenso.
O deputado, que é o líder da Oposição na Assembléia, é conhecido por ser maior crítico do governo Requião na atualidade. Mesmo sendo em número bastante inferior à maioria governista, a oposição se transformou numa pedra no sapato de Requião, mal acostumado a ter todos ao seu redor dizendo amém às suas ações, mesmo que elas estejam erradas. Com a reeleição de Rossoni, o PSDB continua firme na trincheira, fazendo o necessário contraponto aos deslizes do governo. Democracia é isso...

GOVERNADOR ATROPELA LEI PARA MANTER A FARRA DOS CARGOS

Governo negou, através de seu líder Luiz Cláudio Romanelli, que esteja usando a 15470, que permite fazer a transformação de cargos, mas foi desmentido na hora pelo líder da Oposição, deputado Valdir Rossoni. As provas estão no Diário Oficial, no Decreto 739 de 3 de maio, o que configura um abuso, pois a lei está sub-júdice: os deputados da Oposição entraram com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade e aguardam, há seis meses, a decisão da Justiça. Por decreto, o governador transformou sete cargos da área educacional em outros seis cargos. Se fez com estes, pode ter feito com outros, simplesmente ignorando a Justiça.

CPI DAS ONGS TEM QUE DAR UMA PASSADA NO PARANÁ


Notícia divulgada pelo Jornal do Estado arrepiou os cabelos de muita gente: pelo menos 10% da compra de remédios com dinheiro público são ilícitos. Quando o contrato é com uma ONG, a transação ilegal é quase certa. As informações são baseadas em uma fonte anônima do jornal e dão conta ainda que as ONGs são o meio mais comum para desvio de recursos devido à facilidade na contratação de serviços e principalmente a falta de fiscalização sobre esses órgãos, que se espalham aos milhares.
O caso explode convenientemente no momento que se discute na Assembléia, por proposição do deputado Fábio Camargo (DEM), a instalação de uma CEI para investigar as entidades. O ideal seria propor a realização de audiências da CPI das Ongs instalada no Congresso, para serem realizadas no Paraná, a fim de investigar estas situações.
Por este e outros relatos, já se percebeu que existe uma dificuldade enorme do governo fiscalizar o destino dos recursos repassados e sabe-se que as quantias são elevadas. Quando se toca no assunto, a tropa de choque do governo age como um animal ferido acuado: quer investigar os repasses feitos pelo governo Jaime Lerner. É uma quase uma confissão de culpa. Chamem a CPI das Ongs!

GOVERNO CRIA CARGOS PARA PRESÍDIOS QUE AINDA ESTÃO EM CONSTRUÇÃO

A bancada de Oposição está preocupada com a fome desenfreada por cargos do Governo da Boquinha do Paraná. A mais recente investida é a 039/07 enviada pelo Executivo, pedindo autorização para a criação de 20 novos cargos para a Secretaria de Justiça. O problema é que os cargos são presídios em construção, que não se sabe quando serão inaugurados...Mais grave de tudo isso é que o governo esqueceu de combinar o argumento para criar os cargos.
Esta desculpa das vagas nos presídios já foi usada outras duas vezes, em 2003 e 2006, recorda o deputado Reni Pereira (PSB). "Já aprovamos cargos para presídios em duas oportunidades. Os presídios estão sempre em construção e na solicitação não informam em que unidade o funcionário irá trabalhar. Precisamos saber para onde vão esses funcionários, se existem realmente esses presídios", disse Pereira. É... Parece um poço sem fundo!

DEPOIS DE APROVADOS, GOVERNO DA BOQUINHA FAZ A FARRA DOS CARGOS

O líder da Oposição, deputado Valdir Rossoni (PSDB) diz que o governo sempre usa o argumento da chantagem emocional com a opinião pública para influir no voto dos parlamentares. "A justificativa para a criação desses cargos deixa os parlamentares numa situação difícil de votar contrário. Autorizamos a criação com o apelo popular, por ser cargos para a segurança, e depois de aprovado o governador faz a farra dos cargos", analisou. Na mosca.Rossoni explica que existe uma Lei que permite ao governador transformar, da maneira que bem entender, qualquer cargo. O cargo aprovado, no outro dia o governador pode, por decreto, transformar em Assessor da Governadoria. Uma promoção e tanto: do presídio para a suntuosidade do Palácio das Araucárias.
Rossoni destacou que os deputados da Oposição entraram, há seis meses, com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade para impedir abusos nas contratações de funcionários.
O deputado Élio Rusch (DEM) questionou a soberania dos poderes. “O governo conseguiu aprovar na Assembléia um projeto totalmente ilegal e acaba sobrando para o judiciário a função de legislar, que cabe aos deputados. Enquanto a lei da "farra dos cargos" estiver valendo não vamos aprovar esse projeto", finalizou Rusch.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

RANGEL VAI DENUNCIAR PISSETI POR IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

O cerco está se fechando contra o secretário de Comunicação de Requião, o fugitivo Airton Pisseti. Um voto em separado ao relatório da Comissão Especial de Investigação (CEI), encarregada de apurar supostas irregularidades na propaganda oficial do governo, apresentado ontem pelo deputado Marcelo Rangel (PPS), coloca o chefe da pasta como o principal responsável pela farra da publicidade.
Autor do requerimento de abertura da CEI, Rangel não esperou a próxima reunião da comissão, marcada para a próxima segunda-feira, e levou ao conhecimento dos pares o relatório final apresentado pelo deputado Reni Pereira (PSB). O deputado ainda antecipou o conteúdo do seu voto em separado e ainda confirmou que irá apresentar ao Ministério Público do Estado duas denúncias contra o secretário.
Pisseti será acusado pelo parlamentar por improbidade administrativa e crime de responsabilidade. No primeiro caso, o secretário, segundo o autor da denúncia, teria negligenciado no controle dos gastos da Secretaria. Já a segunda ação responsabiliza Pisseti pela ausência de respostas aos diversos requerimentos encaminhados pelo Legislativo.

DINHEIRO PARA A SAÚDE NÃO TEM, MAS PARA VIAJAR...

A inversão de prioridades feita pelo governo, espanta a oposição. Para a área de saúde, é aquela miséria, mas para viajar há dinheiro à vontade. “Para conseguirmos mais R$ 60 mil para a Santa Casa de Campo Mourão é uma luta e o governo não se mostra disposto a aumentar o repasse. É uma vergonha vermos esses altos valores gastos com viagem enquanto tem pessoas sem atendimento médico e remédios no Paraná. Vendo esse relatório percebemos que a CPI da Corrupção vai ganhando força nessa casa”, afirmou o deputado Douglas Fabrício (PPS).
O deputado Valdir Rossoni (PSDB) ficou espantado com os gastos dos integrantes do primeiro escalão em viagens, no ano de 2006. “Do total de R$ 54 milhões de despesas com hospedagens e passagens, mais de R$ 33 milhões foram gastos pelo seleto grupo que não precisa carregar cartão corporativo. Podem gastar à vontade e depois basta apresentar as notas que serão reembolsados. Mais parece uma farra turística”, declarou.
Em resposta a um requerimento, a bancada da Oposição recebeu somente uma lista com nomes de funcionários que utilizam cartão corporativo. “Não quero relação de funcionários com número de cartão. De nada servem as informações sem saber para onde viajaram e quanto gastaram os servidores. São informações para enganar trouxa, mas não caímos nessa. Queremos respostas com consistência”, concluiu Rossoni.
O líder do PDT, deputado Luiz Carlos Martins, considerou indefensável a tentativa do líder do governo de rebater as declarações da Oposição referentes aos gastos com viagens. “Ao invés dele explicar toda essa história, ele resolveu atacar, ser agressivo. Esse governo só acusa. Não faz nada para deixar como marca a não ser os escândalos. Quais os grandes projetos desse Governo para o Paraná?”, questionou Martins.

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

ATAQUES A RANGEL TENTAM ENCOBRIR ESCÂNDALO DO REPASSE DE R$ 19,5 MILHÕES AO IBPQ

Os governistas levaram um susto quando perceberam que o presidente do Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade, (IBPQ), Carlos Kruger Passos, havia sido convocado para depor na Comissão de Obras Públicas da Assembléia, para explicar o rumoroso repasse de R$ 19,5 milhões feitos pelo Tecpar e Detran para a ONG.
Depois da cochilada, a turma ficou tiririca com o deputado Marcelo Rangel, presidente da comissão, e partiu para o ataque para crucificá-lo. O líder do governo, Çuiz Cláudio Romanelli, argumentou que Rangel deveria ter convocado uma reunião para discutir o assunto, antes de pedir assinaturas para convocar o presidente do IBPQ.
De fato, isso é que o diz o regimento, mas cabem perguntas: quem assinou, não viu que se tratava de uma convocação? Alguns deputados não lêem o que assinam e fazem isso na vida privada também, com seus cheques? Ou se arrependem dos seus atos após sofrerem pressões e dão aquela famosa “última forma”?
O que importa disso tudo? Explicar o que foi feito com R$ 19,5 milhões do dinheiro público. Com a palavra, o IBPQ.

PARANÁ É O QUARTO DO PAÍS EM CASOS DE DENGUE


Enquanto os governantes viajam para cima e para baixo, a dengue toma conta do Paraná. Dados da própria Secretaria de Saúde do Paraná, mostram que a dengue se prolifera à vontade, mesmo com a estiagem que até há poucos dias atingia a região. O número de casos confirmados passou de 24.462 para 24.838, entre 31 de agosto e 11 de outubro deste ano. Em um período de 40 dias, 376 pessoas contraíram a doença no Paraná. Do total de casos registrados neste ano, 23.931 foram contraídos no próprio estado. Ainda segundo a Sesa, o número de notificações da doença, entre casos confirmados e descartados, já chega a 46.473 no Paraná, o que coloca o estado em 4.° lugar no ranking da dengue, atrás apenas de Rio de Janeiro, São Paulo e Mato Grosso do Sul – estado líder.
Dados do Ministério da Saúde registrados até setembro mostram que o Paraná é o líder disparado na dengue na Região Sul. As estatísticas colocam o estado com 99 vezes mais casos registrados neste ano em relação a Santa Catarina e 41 vezes a mais que o Rio Grande do Sul.

FARRA DAS VIAGENS É MAIOR DO QUE SE ESPERAVA


A farra das viagens é maior do que se esperava. De acordo com dados do Tribunal de Contas, nos quatro anos do mandato passado o governo Requião despendeu um total de R$ 210 milhões com o pagamento de passagens, hospedagem e alimentação em viagens de servidores e funcionários públicos de alto escalão. Uma média de R$ 52 milhões por ano, ou R$ 142 mil por dia. Os balanços são publicados anualmente no Diário Oficial do Executivo.
“É um absurdo. Dinheiro suficiente para construir 21 mil casas populares”, comparou o líder da bancada de oposição, deputado Valdir Rossoni (PSDB).
A revelação do escândalo coincide com o retorno do governador Roberto Requião a Curitiba após uma semana nos Estados Unidos. Os governistas acusaram o golpe e o deputado Luiz Cláudio Romanelli, líder do governo, quer comparar os gastos de viagens do governo Jaime Lerner, ou seja se apega ao retrovisor. Rossoni não teme a comparação entre os dois governos. “Meu papel é fiscalizar o governo atual. Um rombo não justifica o outro”, disse, culpando o próprio governo Requião pela polêmica. “Tudo isso é porque o governo não presta informações”, afirmou.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

CPI DA CORRUPÇÃO JÁ! CHEGOU A HORA DE O GOVERNO REQUIÃO PRESTAR CONTAS DO PARANÁ

Já que o governo se esmera em esconder as suspeitas de irregularidades em seus quadros (e são muitas), a bancada de Oposição está sugerindo a criação de uma CPI da Corrupção na Assembléia, para investigar todas as denúncias e escândalos do atual governo.
A proposta foi levantada pelos deputados Valdir Rossoni (PSDB) e Douglas Fabrício (PPS) ontem. “Os pedidos de informações apresentados pela Oposição não são respondidos. São tantos os indícios de irregularidades que já cabe sugerir uma CPI para apurar os atos de corrupção no governo Requião”, sugeriu Fabrício.
Segundo Rossoni, líder do bloco, a CPI é a única saída para apurar as denúncias de irregularidades na administração estadual. O parlamentar destacou alguns pontos importantes que deverão ser investigados pela CPI. “São denúncias sérias que o governo se nega a explicar. Eles têm medo de falar sobre assuntos como Ong’s, Porto de Paranaguá, televisores laranjas e cartões corporativos”, ressaltou.“Quero ver quem vai segurar essa CPI. Todos os deputados terão que assinar. A população vai cobrar onde está sendo gasto tanto dinheiro sem qualquer controle”, completou.

QUER VIAJAR? ARRUME UM EMPREGO NO GOVERNO DO PARANÁ

Em quatro anos (2003 a 2006) o governo Requião torrou R$ 150 milhões em viagens. Destes, R$ 50,5 milhões foram gastos somente em 2005. A denúncia foi feita ontem pelo líder da Oposição, deputado Valdir Rossoni e mostra que a turma do alto escalão, incluindo o governador está se esbaldando no Cartão Corporativo. A desculpa do líder do governo, Luiz Cláudio Romanelli, para tentar justificar esta predileção por tantas viagens foi a mais esdrúxula possível: ele acha pouco o volume diante do Orçamento do Estado, que é de R$ 18 bilhões.
Huuummm. Então, já que tem bastante dinheiro, vamos torrar? É esta a lógica. Governar que é bom, nada. O Estado à beira de um apagão logístico, caos na saúde, denúncias de corrupção pipocam, empresas indo embora... Nada disso abala os governantes de plantão, afinal não faltam oportunidades para usar o Cartão Corporativo.
E o outro argumento furado do Romanelli, de que a oposição deveria se preocupar em baixar as tarifas do pedágio? Peraí, cara-pálida! Quem prometeu baixar ou acabar com o pedágio foi o governador a quem o senhor serve e ele não cumpriu. Só criou confusão. Pior: foi o pivô causador de um contencioso milionário para o Estado do Paraná, atualmente em R$ 170 milhões, por conta das impensadas ações contras as concessionárias.

DIRIJAM-SE AO PORTÃO DE EMBARQUE E BOA VIAGEM!

Valdir Rossoni se disse impressionado com o crescimento vertiginoso dos gastos em viagens a partir da posse em 2003. “No primeiro ano foram R$ 21,8 milhões, em 2004 R$ 29,6 milhões, em 2005, o recorde, R$ 50,5 milhões, em 2006 R$ 47,9 milhões”. Para Rossoni, é um fenômeno curioso, que deveria despertar a atenção do Tribunal de Contas, o fato que, quando se observa apenas os gastos dos civis, as despesas são sempre crescentes, atingindo o máximo de R$ 39 milhões em 2006, justamente um ano eleitoral. Segundo o deputado, a descoberta dessas novas despesas revelam que existe uma caixa-preta que o governo Requião resiste em abrir mas que precisa ser conhecida por todos os paranaenses.
O deputado já havia alertado ontem para o gasto excessivo do governo em viagens com a utilização do cartão corporativo. Rossoni revelou despesas no valor de R$ 18,8 milhões em 2007, segundo dados obtidos no Siaf – Sistema Integrado de Administração Financeira da Secretaria da Fazenda. O sistema é restrito e o acesso às informações depende de liberação da Secretaria.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

GOVERNO CORTA INVESTIMENTOS NA ÁREA DE SAÚDE, DEFESA ANIMAL E ASSISTÊNCIA À CRIANÇA

De um lado gastos desenfreados, de outro corte em investimentos essenciais. Esta é a lógica da administração estadual hoje, conforme atesta o próprio balanço da Secretaria de Fazenda. Vejam o caso da defesa sanitária animal, por exemplo. O embargo contra a aftosa ainda nem foi erguido e o que o governador faz? Corta 99,71% dos recursos. “Foram empenhados apenas R$ 10 mil. Será que a febre aftosa não vai voltar? Será que o governo não aprendeu nada com os gigantescos prejuízos sofridos pelo Paraná em 2005 e 2006?”, questionou o deputado Valdir Rossoni.
As áreas de saúde, assistência à criança e saneamento também tiveram mais da metade dos investimentos cortados, em relação a igual período do ano de 2006. A média da redução dos investimentos chega a 54,8%, mas atinge números ainda maiores em áreas como da assistência hospitalar e ambulatorial, que teve uma diminuição de recursos na ordem de R$ 589,6 milhões, ou 82,79% se comparado aos R$ 712,2 milhões empenhados em 2006. “Uma diminuição de quase 83% em investimentos hospitalares e ambulatoriais faz com que a gente comece a encontrar respostas para o caos que a saúde do Paraná vem enfrentando. Neste mandato, o Requião está conseguindo comandar um governo ainda pior do que o que ele próprio conduziu no mandato anterior”, ironizou Rossoni.

NA VOLTA DE NOVA YORK, REQUIÃO TROMBA COM FERREIRINHA

O fantasma de Ferreirinha volta a assombrar Requião. A Justiça Eleitoral do Paraná pediu que a Polícia Federal investigue antigos dirigentes do PMDB e o próprio governador Requião. O motivo é uma indenização paga em 2004, em função do caso Ferreirinha. Suspeita-se que tenham sido usados recursos de caixa 2, que o governador tanto critica em seus adversários, para pagar o montante. Especificamente, o TRE quer saber da onde saíram os R$ 184.242,31 do PMDB para pagar a indenização por danos morais ao juiz Sérgio Arenhart, declarado pela justiça vítima de ofensas proferidas por Requião, em 1990.
São duas irregularidades básicas: primeiro que quem pagou a indenização foi o PMDB, que não era réu na ação e sim o governador Requião. Segundo, o montante foi pago em espécie e a despesa não foi contabilizada pelo partido. Caixa 2 puro!

GOVERNADOR NÃO CONSEGUE ATINGIR LEI QUE ELE MESMO CRIOU

O noves fora continua correndo solto no governo Requião. A administração estadual faz contas de chegada para melhorar os números, uma artimanha primária, que não resiste a um exame mais acurado mesmo de um leigo. O curioso é que os salamalaques são feitos para encobrir o descumprimento de uma lei criada pelo próprio governador Requião.Pela Constituição Federal, os estados brasileiros são obrigados a investir no mínimo 25% de suas receitas em educação. Mas o “Maorício” pediu e Requião criou uma lei para aumentar esse porcentual para 30%. E agora não consegue alcançá-lo.Para atingir o mínimo de 30% da receita investida em educação, o governo inclui nos gastos do setor as despesas com o pagamento das aposentadorias e pensões de professores – o que é proibido por lei, já que esse gasto deveria sair da rubrica do Paraná Previdência, órgão que faz estes pagamentos.De acordo com os números apresentados ontem, até setembro o governo teria investido 34% de sua receita no ensino público. Mas se forem retiradas as despesas com o pagamento de aposentadorias e pensões dos professores, esse índice cai para 26%, abaixo portanto da lei proposta pelo próprio governador.

GOVERNO ESTOURA R$ 18,8 MILHÕES NO CARTÃO CORPORATIVO

Os deputados de Oposição querem saber como o governo gastou R$ 18,8 milhões de janeiro a agosto deste ano, com o famoso Cartão Corporativo, usado para custear viagens dos funcionários. O deputado Valdir Rossoni, líder do bloco, diz que o site Gestão do Dinheiro Público as informações apresentadas não são detalhadas. “Os saques são de valores absurdos. Tem saques de R$ 100 mil e não se sabe para o que foi gasto. Estamos cercando e eles estão fugindo para não prestar os esclarecimentos”, disse Rossoni.
O parlamentar frisa que a transparência pregada pelo governo não passa de discurso e cobra urgência para se implantar um programa com as informações discriminadas. O deputado pastor Edson Praczyk (PRB) considera estranha a atitude do governo em sonegar os dados completos dos gastos. “O ideal é que a planilha apresentada seja detalhada. Agora, se não apresentam o demonstrativo, não sabemos se é por negligência ou é intencional essa omissão, no mínimo é estranho”, afirmou Praczyk.
Desde 28 de maio, a Oposição pede explicações sobre os gastos com cartão corporativo, o que foi sonegado solenemente pelo governo. Os deputados tentaram obter as informações junto ao tribunal de Contas mas também não foram atendidos. E agora o líder do governo se comprometeu em apresentar os dados. Espera para ver...

DENÚNCIA DA ISTOÉ NÃO PODE FICAR SEM RESPOSTA, DIZ ROSSONI

O caso do repasse de R$ 19,6 milhões do Tecpar e Detran para o IBPQ – Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade, denunciado pela revista IstoÉ, promete render. O IBPQ teria recebido o montante sem prestar qualquer tipo de serviço. “A denúncia é baseada em dados obtidos junto ao Tribunal de Contas do Estado, e precisa ser urgentemente esclarecida”, disse o deputado Valdir Rossoni.
Ele lembrou que há mais de dois meses, a oposição pediu informações sobre os repasses do governo do Paraná a ONGs, requeridas às secretárias do Trabalho e de Educação, mas não obteve respostas. “Já se passaram 60 dias, as informações até o momento não vieram e continuam a pipocar denúncias de irregularidades”, disse.
O líder da Oposição avisou que vai insistir no envio das respostas por parte das secretarias, mas considerou, no entanto, que o governo deveria tomar a iniciativa de oferecer explicações à sociedade.“Se o governo não tomar a iniciativa de fazer um esclarecimento completo sobre esse caso e tantos outros que estão sob suspeita, teremos de concluir que o governador Roberto Requião, sempre tão ligeiro em acusar todo mundo de corrupto e canalha não possui a mesma agilidade e disposição quando ele e seu governo estão na linha de fogo”, finalizou.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

DEBATE ABORDA ESCÂNDALO DOS GASTOS EM PROPAGANDA DO GOVERNO REQUIÃO

O deputado Marcelo Rangel (PPS), volta à carga com a questão dos gastos com propaganda do governo Requião. Ele está organizado um debate com órgãos representativos de meios de comunicação no plenarinho da Assembléia, neste dia 23, às 9 horas. A idéia é manter o assunto em evidência, uma vez que o governo conseguiu enterrar a CEI da Propaganda.
Rangel, que entregou à Justiça a conclusão da CEI, diz que se sente na obrigação de aprofundar as investigações sobre o assunto. “Prometi que iria até o fim nesta questão e sinto responsabilidade de levar a termos as investigações”, disse o deputado que é presidente da Comissão de Comunicação da Assembléia.

MINISTÉRIO PÚBLICO RECUPERA VERBA NA JUSTIÇA

Amargo regresso. Na volta do tour em Nova Iorque, Requião terá um prato indigesto pela frente: o Tribunal de Justiça acatou demanda dos procuradores, determinando que o governo mantenha 4% das receitas do Estado no Orçamento para o Ministério Público. Por conta da briga com o MP, Requião havia reduzido o montante para 3,7%, um corte de R$ 22,6 milhões nas verbas do MP. Requião só invocou com o MP depois que este exigiu na Justiça que o governo demitisse os parentes. Do dia para a noite o MP virou inimigo e passou a ser atacado duramente pelo governador. Se quiser, o MP tem munição de sobra para fustigar o governo e pode oferecer denúncias sobre várias irregularidades a partir até de notícia dos jornais. Depende só da vontade dos distintos...

DEPUTADO COBRA EXPLICAÇÕES SOBRE CONTRATO COM A ENGEMIX

Este governo tem muito a esconder, conclui o deputado Plauto Miro Guimarães (DEM), que está cansado de esperar respostas a requerimentos sobre pedidos de informações a contratos firmados entre a Copel e a Sanepar com a Engemix, Engevix e Prosper. Mas a todo requerimento de informações da Bancada de Oposição o governo age assim, ou responde com evasivas. Acha que não deve satisfações a ninguém. A saída foi encaminhar os requerimentos direto às estatais.O que Plauto quer saber: no ano de 2005 a Engevix possuía um contrato com as estatais num valor de aproximadamente R$ 55 mil. O parlamentar estranha o fato de que a Copel pagou à Engevix, nos anos de 2006 e 2007, mais de R$ 3,4 milhões de indenização sem qualquer explicação. “Há indícios de irregularidades. Queremos descobrir por que esse contrato gerou ações judiciais com cifras absurdas. Já que essa empresa foi doadora de campanha do governador em 2006. Tem fumaça aí e com as informações teremos condições de verificar todos os contratos”, concluiu o deputado.

sábado, 13 de outubro de 2007

ESQUEMAS DO PARANÁ CHAMAM ATENÇÃO DA CPI DAS ONGS

Aqui na terrinha, a tropa de choque do governo conseguiu evitar uma investigação mais profunda do relacionamento do governo Requião com as ONGs, mas os indícios de irregularidades são tão fortes que a CPI das ONGs, que será instalada no Congresso Nacional, já pensa em aportar por aqui, conforme relata a revista IstoÉ.
Um caso em particular está chamando a atenção dos parlamentares: o contrato do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná - DER e do Instituto de Tecnologia do Paraná, Tecpar com a ONG Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade, o IBQP. O contrato já teria sido rejeitado pelo Tribunal de Contas do Estado, que recomendou a devolução aos cofres públicos de R$ 19,6 milhões repassados à ONG. Essa dinheirama é fruto de um contrato sem licitação entre Tecpar e IBQP.
O problema, de acordo com a IstoÉ, surgiu porque o IBQP não precisava realizar os serviços contratados para receber do DER: a grana vinha a partir da sua mera previsão de despesas, que não apresentavam mudanças de um mês para outro nem em centavos. O problema não é exclusivo do Paraná. O governo federal repassou R$ 33 bilhões em sete anos às ONGs e numa análise preliminar, já se viu que este dinheiro era investido em atividades diversas, inclusive para quebrar o Congresso, como fez a Via Campesina.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

OPOSIÇÃO MOSTRA QUE O “TAPETE” DE REQUIÃO ESTÁ ESBURACADO

O governador Requião disse que as estradas do Paraná estão um verdadeiro “tapete”, mas este está bem esburacado. A conclusão é dos deputados da oposição, ao comentar as péssimas condições das estradas do Paraná. "As estradas estaduais do Paraná, ao contrário que diz o governador, estão em péssimo estado. Está mais do que na hora deste governo arregaçar as mangas e começar a consertar nossas rodovias ", disse o deputado Valdir Rossoni (PSDB), líder da Oposição na Assembléia, que considerou a declaração do governador, como mais um delírio.Para o deputado Luis Carlos Martins, as bravatas são muitas e os problemas não são resolvidos . "Logo este tapete será levantado e aí vamos ver o que há por baixo", ironizou.Os parlamentares apontaram os piores trechos para tráfego no Estado. Rossoni destacou que várias estradas da região Sul do Paraná estão em "estado deplorável", entre elas cita:
- PR 280 ligação de Palmas a Horizonte;
- PR 170 ligação de Bituruna a Pinhão;
- PR 449 ligação de Mangueirinha a Palmas;
- Ligação de Palmas a Coronel Domingos Soares, que ainda não foi asfaltada.

DEPUTADOS COBRAM INVESTIMENTOS NAS ESTRADAS, MAS GOVERNO NÃO ESTÁ NEM AÍ

Na Região dos Campos Gerais, o “tapete” também está detonado, como conta o deputado Plauto Miró Guimarães (DEM). O deputado citou a PR 092, ligação entre Jaguariaíva e Wenceslau Braz, passando por Arapoti, que está em péssimas condições. "Houve uma promessa do governador de revitalizar essa rodovia. Só que até agora nada foi feito", disse Miró.O deputado Élio Rusch (DEM), alertou para o problema nas rodovias da região de Marechal Cândido Rondon e até agora nada foi feito para recuperá-las. "Estamos cobrando uma providência do governador para essas rodovias, mas ele parece não estar preocupado com a população", disse Rusch.
Ele citou os seguintes trechos:
- PR 467, PR 495, PR 317
- ligação entre Marechal Candido Rondon - Santa Helena, passando por Pato Bragado, Entre Rios;
- PR 495 - ligação entre Santa Helena - Medianeira, passando por Missal;
- PR 491 - ligação entre Marechal Candido Rondon - Maripá, passando por Nova Santa Rosa;
- PR 180 - ligação entre Juvinópolis - Boa Vista da Aparecida;
- PR 317 - ligação entre São José das Palmeiras - Toledo, passando por Ouro Verde.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

SE REQUIÃO DEIXAR, PORTO DE PARANAGUÁ ESTARÁ NO ROTEIRO DOS TRANSATLÂNTICOS

Se a família Requião deixar, o Ministério do Turismo quer incluir o Porto de Paranaguá no roteiro dos transatlânticos. Seria um feito e tanto para levantar o porto, caídasso após anos de gestão temerária. O ministério quer investir R$ 12 milhões para construir um píer para estas embarcações atracarem.
O desembarque de turistas endinheirados de várias partes do Brasil e do mundo fariam um bem tremendo à economia parnanguara, detonada pela queda de movimentação de cargas no porto, devido à cruzada fundamentalista contra os trangênicos. Resta saber se o governo bolivariano do Paraná vai deixar mexer no porto, transformado em latifúndio da família Requião desde 2003.
Paranaguá torce para que o governador não se comporte da mesma forma como agiu com o projeto do Cais Oeste. Em 2003, Lula quis bancar a obra e disponibilizou recursos de R$ 270 milhões. Os irmãos Requião mandaram a grana de volta, com argumento de que gastariam apenas metade do valor para fazer a obra. Mais uma vez, eles estavam enganados. Até agora não encontraram ninguém que topasse a parada. Enquanto isso, o porto lamentavelmente perde pontos e fica cada vez mais atrás dos seus concorrentes.

GOVERNO FEDERAL AJUDA A ELEVAR PREÇO DO PEDÁGIO NO PARANÁ


Todo mundo indignado com a diferença do preço do pedágio que será cobrado nos novos trechos e os praticados atualmente no Paraná. De fato, o pedágio no Paraná é caro e nem a Associação da Brasileira das Concessionárias de Rodovias (ABCR), tem uma explicação plausível para o assunto. A ABCR diz que o momento econômico da época em que concessão foi cedida era outro, etc. Bobagem. O ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, esclareceu a situação: o pedágio é mais caro porque estas empresas têm de pagar outorga de concessão para o governo. Isso mesmo. Uma parte da tarifa que nós pagamos nas estradas, vai direto para os cofres federais.
Neste novo leilão, o governo decidiu eliminar esta taxa de outorga, não cobrando nada das empresas, que ficaram livres para praticar preços bem mais baixos. Quem ganha com isso é o usuário, que terá estradas em boas condições a custos menores. É claro que o governo poderia acabar com a taxa também para as empresas já estabelecidas, desde que estas se comprometessem a repassar o benefício para consumidor. Duro é esperar até a cair a ficha... Ficaria todo mundo feliz: usuário pagando menos e empresas sem a pecha de exploradoras.

ASSESSORIA MARRON ESCONDE DADO DA COBRANÇA DE OUTORGA

Mexeu no bolso, todo mundo fica ouriçado, mas tem muito meio de comunicação que está comendo com a farinha a versão do governo do Paraná, que omitiu que as empresas de pedágio pagam ao governo pela outorga das estradas. O release bolivariano da Comunicação marrom de Requião omite este importante dado, e coloca o secretário Tizzot fazendo comparações simplistas entre o preço de um quilômetro rodado aqui e acolá. Ou o secretário não entende nada do que está falando – está cheio de gente assim no governo -, ou a matéria esconde o dado por pura má fé, o que também é perfeitamente possível, dado a falta de profissionalismo que existe naquele setor.
É sempre bom lembrar que o governo trava uma cruzada fundamentalista contra o pedágio. E usa de todos os meios – todos mesmo, inclusive o MST -, para atingir as empresas. O pedágio no Paraná é muito caro, não custa repetir. Mas as empresas pagam mensalmente ao governo federal pelo direito de concessão e não é barato, coisa que agora foi abolida e por isso a tarifa despencou.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

COPEL-PEDÁGIO PASSA EM BRANCO NO LEILÃO DAS ESTRADAS


Não foi desta vez. A Copel-Pedágio, constituída às pressas pelo governador Requião, ficou chupando no dedo no leilão de rodovias. Quem levou o lote 7, aquele no qual a estatal preferiu se concentrar, foi a espanhola OHL, que arrematou outros quatro lotes. Assim, quem vai operar o pedágio na ligação Curitiba-Florianópolis será uma multinacional e o pedágio nem baixará e muito menos acabará.
São mais praças de pedágio para o MST invadir e mais ações de reparações na Justiça que vão entupir as entrâncias. No final fica tudo na conta do contribuinte, que se rala para pagar. Ficam no ar muitas perguntas sobre o que fazer com a Copel-Pedágio, neste já sem-número de secretarias sem atividade específica, criadas especialmente para justificar os cabides de emprego do governo. No caso da Copel-Pedágio, ou o governo aguarda um novo leilão, ou delega à empresa trechos de rodovias estaduais, só para mostrar como se ministra uma tarifa de pedágio bem baratinha. E os usuários que agüentem o tranco.

SORRY, PERIFERIA: REQUIÃO EMBARCA DE NOVO PARA NOVA YORK


Requião vai esfriar a cabeça em Nova York. Já esteve lá em julho deste ano, mas são muitas emoções por estas paragens, como diria o famoso cancioneiro. Teve o rolo do Itaú e a multa de R$ 5 milhões, resolvido após uma pendenga de cinco anos. Claro que o Paraná tomou na cabeça como acordo – os títulos podres valem R$ 1 bi e o Itaú vai devolver apenas R$ 200 milhões -, como todos os acordos que Requião faz, mas isso já é outra história.
O estresse de Requião também foi turbinado pela “début” da Copel-Pedágio, que deve participar hoje do seu primeiro leilão. A estatal vai sozinha porque o governador não conseguiu convencer ninguém a participar da aventura. Organizou até almoço com empreiteiros, mas estes não se mostraram bolivarianos o suficiente. Pelo contrário: escantearam a Copel-Pedágio, formaram um consórcio entre si e vão brigar pelo lote 7, único em que a estatal está mirando. Que gente ingrata!
Por isso, nada melhor que dar uma volta na cosmopolita Big Apple, sob o disfarce pomposo da Cúpula das Américas, tudo pago pelo contribuinte. Será que desta vez haverá reza na catedral de Saint Patrick?