terça-feira, 23 de outubro de 2007

POLÍCIA POLÍTICA FECHA OS OLHOS AOS CRIMES DOS SEM TERRA

Já apontamos aqui, mais de uma vez, que no Paraná se instalou uma Polícia Política e somos forçados a voltar ao assunto. Com todo respeito aos bons policiais (eles existem), o episódio da fazenda da Syngenta, em Santa Tereza do Oeste, mostra que a Polícia Política de Requião está com a corda toda.
O primeiro ponto foi que nada fez para impedir que a turma da Via Campesina voltasse a invadir o local, embora existam repetidas reintegrações de posse, obtidas na Justiça, garantindo direitos aos proprietários. Este é o primeiro ponto: vistas grossas, inação.
Segunda questão: depois de ocorrida a tragédia, resultando dois cadáveres, um sem terra e um vigilante, a polícia entrou em ação, prendeu os integrantes da milícia que foram proteger a fazenda e os sem terra. Detalhe: a polícia libertou os sem terra.
A polícia não explica porque não revistou e desarmou os sem terra, visto que sabia onde estavam acampados. Além disso, a polícia sabia do clima de animosidade que existe na área rural da região Oeste, pois os proprietários de terra se sentem inseguros com a falta de ação dos órgãos de segurança de lhes garantir o direito à sua terra e por isso tomaram providências de se proteger por si só. Ou seja: uma ação antecipada poderia desarmar sem terra e fazendeiros, criar uma força-tarefa para proteger as propriedades e assim evitar derramamento de sangue.
Dá para levar a sério a Polícia do Paraná? Ou a política de segurança pública deste Estado? Não dá. O governador é um irresponsável, ao deixar seus amigos sem terra pintarem e bordarem, sem que sofram as penalidades da lei. É a política do Requião: aos amigos tudo, aos inimigos o rigor da lei. Por esta lógica, tanto o governador quanto o secretário de Segurança, têm sangue nas mãos, pois são co-responsáveis diretos pela baderna que impera, patrocinada pelo MST pela conivência com suas ações.

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