A situação dramática da saúde do Estado parece não incomodar o governador Requião e seus auxiliares. Toda vez que se fala das mortes por falta de atendimento, o governo mostra os projetos de hospitais regionais, nenhum inaugurado até agora e alguns nem saíram do chão. Só agora o secretário Cláudio Xavier, reconhecidamente incompetente para o cargo está sendo substituído e é muito provável que seu substituto, Gilberto Martin, deixe tudo como está. Ou seja: em estado de abandono.
O fato é que enquanto Requião corre o mundo, anda a cavalo e desfruta de uma boa vida, a falta de atendimento na emergência do Pronto-Socorro (PS) de Ponta Grossa foi responsável por 432 mortes, de agosto de 2003 a setembro deste ano. Desse total, 234 pessoas morreram pela falta de um leito na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Os pacientes esperaram, em média, 52 horas no PS, entre a solicitação de uma vaga no sistema de urgência e emergência e a morte. Administrado pela Prefeitura de Ponta Grossa, o PS recebe a maior parte das internações de usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) da região dos Campos Gerais. Esta é a dura realidade, segundo o relatório do Ministério Público do Paraná (MP-PR).
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