quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

DEPOIS DA REBELIÃO, RENOVADA A PROMESSA DAS CELAS MODULARES

A cena já está virando rotina: 132 presos se rebelam na cadeia de Campo Largo. A carceragem comporta apenas 30 detentos. Há, portanto, 102 que não deveriam estar lá. Instalada a confusão, efetivos do choque saem à toda rumo a Campo largo para conter a rapaziada. Negocia daqui, transfere dali e a “calma”, assim mesmo entre aspas, se restabelece.

Renovam-se as promessas das celas modulares, as mesmas feitas no ano passado e que não vingaram, mas Requião e seu fiel escudeiro, Luiz Fernando Delazari, garantem que agora vai, que as ditas celas já estão em construção e que pelo menos 60 delas serão entregues até abril.

Juram de pés juntos, Requião e Delazari, que até julho tiram todos os presos de distritos de Curitiba e de cadeias da região metropolitana. Eles demoraram seis anos para fazer isso. Esperam estourar rebeliões. Ficam empilhando presos, trazendo mais risco para sociedade, para depois mostrar alguma ação.

TRÁFICO EXECUTA UM A CADA TRÊS DIAS EM CURITIBA

É o desleixo com que se trata a segurança pública, como tudo o mais neste governo. Ontem, uma mulher foi fuzilada com mais de vinte tiros na CIC, à luz do dia. Segundo levantamentos, o tráfico executa uma pessoa a cada três dias na capital. A Tribuna do Paraná, jornal que tem em seu forte a cobertura policial, já começa a fazer as contas para provar é que esta estatística perversa é ao contrário: seriam três execuções por dia.

A Polícia do Paraná é apenas expectadora de toda esta explosão de violência. Perdeu a iniciativa, ficou atrás do crime organizado, que domina áreas importantes das grandes cidades paranaenses.


O governo só sabe dar viatura e armamento para a polícia, mas não implanta uma política de segurança, um plano de ataque à violência que tire a polícia das cordas do ringue. Falta competência à dupla Requião-Delazari, que se completa em arrogância, mas não sabe propor soluções para o grande problema que ajudou a criar, graças à sua omissão.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

PROMESSAS DE REQUIÃO CAEM NO VAZIO!

Abertura da coluna de Fábio Campana, em O Estado do Paraná:

O contador de lorotas

Requião ficará na história do Paraná como o governador que mais anunciou obras e feitos nunca realizados. Ontem, colocou mais uma promessa do tipo para ornar o seu currículo de factoides. Anunciou a criação do maior parque urbano de Curitiba em terreno contíguo à antiga Prisão Provisória do Ahu, transformada em Centro Judiciário.

Acontece que o terreno de oito alqueires “doado” por Requião está sub judice, depende da conclusão de processos que envolvem a Previdência e outros pretendentes a donos do pedaço. Ou seja, a promessa é ótima, mas vazia. A realização do parque tem possibilidades remotas, embora Requião dê garantias em nome do Judiciário. Mas que dizer de um governante que prometeu acabar com o pedágio e não acabou? Nem mesmo baixou o preço, como também prometeu e jamais aconteceu.

Ora, pois, Requião tem estado muito inventivo. No ano passado garantiu que faria sessenta celas modulares para reduzir a superlotação das cadeias. Não fez. A superlotação continuou. Agora diz que vai construir celas temporárias. Quando? Lembram daqueles 18 hospitais prometidos durante a campanha eleitoral? E das estradas da liberdade, sem pedágio, que correriam paralelas às rodovias pedagiadas? E a novela da dragagem do porto de Paranaguá? Seis anos de promessas e nada. O porto se tornou intransitável. Temos agora a promessa de uma dragagem de emergência. Vamos parar por aqui porque a série de lorotas é imensa.

O incrível é que Requião faz isso há tanto tempo e ainda há quem acredite no homem, o que nos assegura que a ingenuidade e a memória curta são duas características muito próprias dos paranaenses. Requião segue em frente. Prepara nova lorota para próxima escolinha. O Paraná que não perdeu a lucidez aguarda apenas o fim de seu mandato.

MOREIRA PODE FICAR INELEGÍVEL

Carlos Moreira Júnior, protagonizou um fiasco na última eleição para prefeito de Curitiba e está abrigado nas asas do governador Requião, mas suas broncas continuam a aparecer. Ontem, o Jornal do Estado noticiou que a Primeira Câmara do Tribunal de Contas do Estado (TCE) reprovou a prestação de contas de transferência de um convênio realizado entre a Universidade Federal do Paraná (UFPR) e o Instituto Ambiental do Paraná (IAP).

O convênio, que vigorou entre 2005 e 2006 – época em que Moreira foi reitor da UFPR -, previa que a UFPR fosse responsável por um programa de capacitação sobre fiscalização ambiental para membros da Força Verde.

As contas foram consideradas irregulares pela inclusão de despesas que não estavam previstas no Plano de Trabalho do convênio, de acordo com informações da assessoria de imprensa do TCE. Do valor total dos repasses de R$ 178.697,00, R$ 15.701,08 foram gastos com despesas em bolsas de ensino e diárias que não se enquadrariam entre os itens atendidos pelo convênio. A universidade ainda poderá recorrer da decisão.

O Jornal do Estado explica que o TCE não multou Moreira pela lambança, mas se a reprovação das contas for mantida poderá acarretar a sua inegibilidade. Moreira já admitiu que disputar uma cadeira de deputado estadual ou federal ano que vem. Mas antes terá que prestar contas destas mutretas.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

GOVERNO PEGA CARONA COM SINDICATOS PARA FAZER DE CONTA QUE SE PREOCUPA COM A CRISE

Sem querer, a Agência Estadual de Notícias denunciou que o governador Requião não está nem aí com os efeitos da crise econômica e evitar novas demissões na economia do Paraná.

Um release da assessoria do governo anuncia pomposamente que o governador se reuniu hoje com centrais sindicais e Dieese – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos para discutir os impactos da crise no Paraná. E decidiram criar o Comitê de Defesa do Trabalho, tendo representantes do governo, empresários e trabalhadores.

Qual é a novidade disso? Nenhuma. O governo quer mostrar à sociedade que está tentando fazer alguma coisa para assegurar os empregos, mas na verdade está apenas pegando uma carona com quem de fato se preocupa com o problema, que são os empresários e trabalhadores.

O governo sabe muito bem o que deve fazer se quiser ajudar. Tem que reduzir os impostos, ampliar os prazos de recolhimento, buscar crédito mais barato para as empresas, investir em obras públicas e assim por diante.

Mas o governador Requião não faz nada disso. Ao contrário: aumentou em dois pontos o ICMS da energia, telefone e combustíveis, entre outros, no tarifaço do final do ano passado. Todos estes insumos incidem sobre a produção. É a contribuição dele e do Ivo Arzua para a crise.

GOVERNO TIRA SOLUÇÃO DA CARTOLA PARA ACABAR COM SUPERLOTAÇÃO DAS CADEIAS

O governador Requião ficou preocupado com a repercussão negativa que teve a divulgação da superlotação das cadeias públicas do Paraná. Chamou o secretário de Segurança Luiz Fernando Delazari e deu prazo de seis meses para equacionar o problema.

Tudo jogo de cena. O governador transferiu a responsabilidade para Delazari. Está no sétimo ano de governo e só agora pede solução para o problema. Não é por acaso. A eleição para o Senado está logo ali, em 2010 e não pega bem constar uma mancha desta do currículo. É preciso sacar da cartola alguma solução mágica, com a construção de celas modulares, com as quais se pretende abrir 1.440 vagas num piscar de olhos.

Até abril serão entregues 60 celas, de um total de 120. A meta ambiciosa do governo é em zerar o número de presos em distritos policiais de Curitiba e região metropolitana em seis meses. Ver para crer!

Se era simples assim, a toque de caixa, porque a solução não veio antes? As delegacias estão como dinamite pura, devido ao excesso de detentos. E o mais grave: não tem gente para cuidar de tudo. Reproduzimos aqui e comentamos trechos da matéria da Gazeta do povo, que mostra que tem delegado cuidando de até cinco cidades simultaneamente. É o fim da picada!
E vai continuar assim, porque o governador não deu um pio sobre reforço de pessoal na polícia. Com diz o Faustão, “se vira nos trinta”!

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

DELEGADOS TEM QUE CUIDAR ATÉ DE CINCO DELEGACIAS

E para não dizer que é implicância, intriga da Oposição, a Gazeta do Povo publicou hoje uma radiografia das delegacias da Região Metropolitana de Curitiba. Apareceu de tudo, até o caso de uma detenta que usava a internet para administrar um hospital e dividia cela homens.

Tem mais, a Gazeta revelou que a prática de fazer os delegados acumular mais de uma delegacia continua. São 15 delegados respondendo por 27 municípios. Nove deles, o equivalente a 60% do total, têm mais de uma cidade sob sua responsabilidade.

O recorde é do delegado Osmar Dechiche, de São José dos Pinhais, que cuida também de Cerro Azul, Doutor Ulysses, Itaperuçu e Rio Branco do Sul. Como se não bastasse, nas férias assumiu mais quatro delegacias.

E depois o secretário Delazari e o governador Requião querem falar de segurança. É um milagre que não ocorra uma tragédia nestas delegacias, a maioria delas com problemas de superlotação. É muita irresponsabilidade junta. Isso o Ministério Público não enxerga!

EMPRESÁRIO PRENDE ASSALTANTE E ESPERA VIATURA DA POLÍCIA POR DUAS HORAS

Nesse momento em que a Secretaria de Segurança comemora o recuo da criminalidade no litoral, em plena temporada de verão, e se esmera nas mesmas desculpas esfarrapadas para tentar explicar o avanço da violência em Curitiba, nada mais oportuno do que refletir sobre o caso do empresário Enzo Ferreira, de Pinhais.

Ele é dono de um laboratório de análises clínicas, que nos últimos 60 dias foi assaltado quatro vezes. Ocorre que, na semana passada, cansado da ousadia dos ladrões e da falta de ação da polícia, Enzo fez uma campana no laboratório e conseguiu surpreender os assaltantes. Um deles foi dominado e Enzo chamou a polícia para autuá-lo.

Sabem quanto tempo Enzo teve que ficar com a custódia do ladrão? Duas horas. Isso mesmo! Até que uma viatura foi até o local. O caso foi amplamente noticiado pela rádio Band News FM, que registrou a indignação do empresário, que acabou ficando marcado pelos bandidos e ainda teve o desprezo da polícia pelo seu caso.

A rádio se dispôs a ouvir o comando da PM para saber o que aconteceu, mas a resposta foi ainda mais surpreendente. A PM pediu um tempo para apurar o ocorrido para depois se pronunciar. Não precisa dizer mais nada.

FALTA COMANDO À POLÍCIA DO PARANÁ

A crise na polícia do Paraná é de falta de comando. Todos estes casos de abusos da corporação e negligência, que vêm sendo fartamente registrados, apontam pela ausência de uma política de segurança pública, reduzida a planos pontuais, com claros objetivos políticos.

A polícia quando age acaba usando excesso de força. No final do ano passado, foi registrado o caso de um empresário que foi torturado por policiais militares, sem motivo aparente, tendo sido, inclusive, arrancado de dentro de sua casa.

É um fato isolado, ainda bem! Mas são faltas graves que vão se acumulando e acabam prejudicando o todo. A polícia não tem que provar a sua força assim. A polícia tem que manter a lei a ordem, coisa que este governo não estimula ao ser leniente com os sem-terra, seja em desocupar fazendas ocupadas, ou praças de pedágio que repetidas vezes sofreram depredação. Se o pedágio é caro e o País deveria ter uma distribuição de terras mais justa, existem foros adequados para discutir estes temas.

É errado barrar a ação da polícia por causa de interesses políticos tortos, porque abre precedente para a contravenção legal, aquela que é permitida aos amigos do governador Requião, ferindo o princípio básico de que lei é para todos, embora não pareça.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

CRISE DÁ UM TRANCO NO GOVERNO REQUIÃO

Acuado pela crise econômica, que ceifou 50 mil empregos só em dezembro de 2008, o governador Requião dá o braço a torcer que o seu seminário de salvação do mundo não deu conta do recado e promete que ofertar incentivos para empresas em dificuldades, desde que estas se comprometam a não demitir mais ninguém.


O governador percebeu que o eleitorado pode ficar azedo se não tiver onde bater o ponto. Daí para detonar a sua candidatura ao Senado é um pulo. Na sua análise sestrosa, o governador acredita que o povo tolera tudo: do tarifaço na luz, combustíveis e telefone às manobras sórdidas para manter os empregos dos irmãos com altos salários pagos pelo erário; dos escândalos financeiros de suas gestões que ele varre para baixo do tapete, ao empreguismo desenfreado que se resumiu os seus governos.


Até as brigas com vários setores da sociedade paranaense, que não levam a nada poderiam ser vistas com alguma graça, mas quando falta feijão na mesa a coisa muda de figura. Principalmente diante desta realidade de uma enormidade de promessas não cumpridas, de ausência de governo.


Falamos aqui que um dos aspectos positivos desta crise, foi fazer o Governo Lula trabalhar, ao invés de se dedicar a inaugurações espalhafatosas e fazer as contas do que fazer com a grana do petróleo pré-sal. Talvez agora este mesmo efeito se dê aqui. Mas não esperem a mesma dedicação do pessoal de Brasília. A turma aqui é limitada e só se empenha mesmo quando o assunto é tirar vantagens para si.

COMO FUGIR DA RESPONSABILIDADE


Chargista Simon Taylor não deixa barato a jogada de Requião de tentar culpar outros pela gestão desastrosa no Porto de Paranaguá.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

REQUIÃO ATRÁS DE UM BODE EXPIATÓRIO!

“Requião, em todos esses anos de governo tem colecionado fracassos, erros, equívocos, desvios, escândalos de corrupção e a prática compulsiva do nepotismo. E a cada erro, a cada fracasso, ele procura encontrar alguém para culpar pelo desastre. Hoje, na escolinha, repetiu a fórmula e me apontou como culpado pelo assoreamento do canal da Galheta para esconder o que seu irmão Eduardo fez na administração do porto. É o Requião de sempre, que será lembrado apenas por isso”.

Do deputado Valdir Rossoni (PSDB), rebatendo acusação feita pelo governador, hoje, na Escolinha, atribuindo ao tucano a falta de dragagem no Porto de Paranaguá.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

UNIDOS VENCEREMOS!

“Vamos fazer tudo para manter essa aliança que elegeu o Beto Richa. Se conseguirmos isso a eleição é garantida. Ganhamos no primeiro turno”.

Do líder da Oposição na Assembléia, deputado Élio Rusch (DEM), falando da estratégia que deve ser seguida pelos partidos de Oposição, em entrevista no Jornal do Estado.

GOVERNO LULA PISA NA BOLA AO DAR ASILO PARA BANDIDO

O deputado federal Gustavo Fruet (PSDB), apontou uma contradição embaraçosa do Governo Lula, na concessão de asilo político ao italiano Cesare Battisti, acusado de quatro mortes em seu país.

Fruet lembrou que o ministro da Justiça, Tarso Genro negou asilo a dois pugilistas cubanos, que aproveitaram os jogos Pan-americanos para dar adeus ao ditador Fidel Castro. Tarso mandou repatriar os cubanos rapidinho. Detalhe que os cubanos tinham ficha limpa. Seu único crime foi querer não voltar ao seu país-prisão.

Já Battisti tem quatro mortes nas costas na Itália e foi abraçado pelo Governo Lula. Gustavo Fruet sugere que há um conflito de interesse neste caso, uma vez o advogado de Cesare Battisti no Brasil é o ex-deputado e membro da executiva regional do PT em São Paulo, Luiz Eduardo Greenhalgh.
Não é primeira vez que a turma de Lula dá asilo para bandido. Um narcoterrorista das Forças Armadas Revolcionárias da Colômbia - Farc, também foi beneficiado.

sábado, 17 de janeiro de 2009

PROJETO 2010 FAZ REQUIÃO TRABALHAR, ACREDITEM!

Comentamos neste espaço que crise econômica fez o Governo Lula trabalhar. E fizemos a comparação que no Paraná, nem isso fez o Governo Requião agir. Talvez o que possa sacudir um pouco este governo é o projeto 2010, no qual o governador Requião está vivamente empenhado, simplesmente porque a sobrevivência política depende disso.

O governador está entoando o canto da sereia para os prefeitos, com objetivo de assegurar alguns votinhos para uma cadeira ao Senado. Para isso não tem medido esforços. Enviou patrulhas rodoviárias a Cascavel para recuperar estradas vicinais, em que pese o fato de o municípios ter como prefeito Edgar Bueno (PDT), partido do seu inimigo ferrenho, Osmar Dias.

O resultado foi tão bom e Bueno ficou tão agradecido (deu até depoimento na Escolinha), que Requião decidiu gastar R$ 3,7 milhões para comprar caminhões novos para as patrulhas rodoviárias. Agora não vai ter município com estradas esburacadas. É só pedir socorro ao governador que ele atende na hora. Depois ele pode pedir uma mão na eleição. Sabe como é, né? Uma mão lava a outra...

APERTEM OS CINTOS QUE O PILOTO NÃO ESTÁ NEM AÍ!

O governador Requião disse que preparou "bem" o Estado para enfrentar a crise econômica. Para o governador as desonerações promovidas, através de redução de ICMS em alguns setores são suficientes para fazer o Paraná o atravessar tranquilamente a crise. Quanta inegnuidade!

Ele só esqueceu de combinar este delírio com a dura realidade a que as empresas estão sendo submetidas. Existe demissão em massa nas montadoras (430 na Volvo), e empresas do setor metalúrgico. Em alguns casos, como o da Renault foram suspensos mil contratos de trabalho e uma boa parte dos trabalhadores está sendo mandada para cursos, como forma de reduzir produção.

No setor bancário, o HSBC demitiu 100 funcionários de uma só canetada, na última sexta-feira e há um grande temor entre os funcionários do Itaú e Unibanco, que acabaram de se unir e que devem enxugar a estutura.

Mas o governador não enxerga este quadro. Seu foco é a candidatura ao Senado em 2010, única de forma de manter o foro privilegiado e escapar dos inúmeros processos que o cercam. Tomara que vá logo.

EDUARDO REQUIÃO GANHOU UM PRÊMIO POR DETONAR O PORTO DE PARANAGUÁ

A ganância da família Requião parece não ter fim. Não bastasse se locupletar em cargo público, que provou por A+B que não tinha competência para assumir, Eduardo Requião ainda teve o displante de cobrar uma indenização de R$ 200 mil, por ter sido demitido da Superintendência dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa). O mais grave é que pagaram o montante sem chiar.

Eduardo só foi sacado da Appa porque o STF editou a súmula nepotismo, proibindo o emprego de parentes em cargos públicos. A Appa alegou que a indenização é “normal”. Tão normal quanto o mundo de fantasia que o governador pinta na escolinha, único lugar em que seu governo funciona. Achaque agora mudou de nome!

VOU NO POPULAR!

Pinçada da coluna de Luiz Geraldo Mazza, da Folha de Londrina:

Cloaca

Constatado que havia apenas dois pontos livres de contaminação nas praias a imposição escatológica manda que se fale em Guaratubosta e Caiobosta de novo. Causa visível: o corsarismo imobiliário e ausência de política mínima de usos do solo, falta de visão do governo e incompetência de prefeitos.

CRISE FAZ GOVERNO LULA GOVERNAR

Vocês notaram? Por mais devastadores que sejam os efeitos da crise financeira, que provoca demissões aos milhares e inviabiliza negócios, não se pode negar que ela fez uma coisa que o eleitorado se esquece de fazer.

A crise fez o governo federal governar. É só abrir os jornais: todos dias é possível encontrar pelo menos uma medida do governo com vistas a atenuar os danos da crise, tentando proteger os empregos.

Não estamos elogiando o governo. Não está fazendo nada mais que a obrigação. Por sinal, não deveria esperar uma crise para desonerar a produção, corrigir a tabela do imposto de renda para pessoas físicas, abrir linhas de financiamento com juros mais baixo para as empresas, facilitar o acesso à casa própria para pessoas de baixa renda, rever as leis trabalhistas, ampliar as parcelas do seguro-desemprego, cortar o IPI dos carros, etc.


Diz o ditado, que marmelada na hora da morte, mata! Esperamos, para o nosso bem, que não seja o caso. Mas já é um avanço ver que as autoridades federais não exibem mais a faces risonhas com tanta facilidade. Elas deram lugar a semblantes mais taciturnos.

E houve um freio também nas inaugurações até de lombadas e nas mãos sujas de petróleo que eram figurinhas fáceis. Caiu a ficha: não é uma marolinha!

NO PARANÁ, REQUIÃO INVENTOU UM TARIFAÇO PARA SE GARANTIR

Aqui no Paraná nem o tsunami financeiro fez o governador Requião levantar do berço esplêndido. Ele tentou resolver a crise com o seminário de salvação do mundo, mas caiu no ridículo pelo aspecto prosaico das propostas. Suas intervenções beiraram o ridículo: o governador provou que não entende de economia e que está fora de sintonia dos acontecimentos.

Mas o governador não se fez de rogado: deixou a conta do megaevento para o ParanáPrevidência e tratou de garantir aprovação do tarifaço disfarçado de reforma tributária na Assembleia. O canetaço garante R$ 400 milhões aos cofres públicos já neste ano, enquanto as empresas terão aumento de luz, combustíveis e telefone a partir de abril.

É este o “alento” que o governador deu para o setor produtivo do Estado, a contribuição dele para ajudar a empresas e trabalhadores e transpor este momento difícil.

DRAGAGEM SAI EM FEVEREIRO? DE QUE ANO?

Sinistro! O superintendente da Appa, Daniel Lúcio Oliveira e Souza deu mais uma prova de laranjice explícita, ao tentar bancar a dragagem e aprofundamento do Canal da Galheta, do Porto de Paranaguá para fevereiro deste ano.

Em declarações à equipe de O Estado de São Paulo, o superintendente engatou uma primeira, dizendo que tem dinheiro em caixa e “vontade” para deixar o porto apto a receber navios com grande capacidade de carga.

Disse que as propostas das empresas já estão sendo analisadas, quanto às questões jurídicas e técnicas e que aí, o superintendente quase engasgou, quando arrematou - que todo o processo será entregue ao governador Requião, que é quem dirá sim ou não.

Em outras palavras, o problema está na mão de quem o criou e até agora, decorridos seis anos de governo, não dá sinais de que vá resolvê-lo.
O caso é que fevereiro, começa a colheita de soja e com o porto meia boca, devido às constantes reduções de calado pela Marinha, como forma de evitar encalhe de navios, não tem como escoar a safra.



Lembremos que o Porto de Itajaí – a válvula de escape dos exportadores -, foi detonado pela enchente. Se a tal dragagem de emergência não sair, o jeito será apelar para Santos. E para todos os santos!

PORTO DE PARANAGUÁ DÁ PREJUÍZO DE US$ 1,3 BI A EXPORTADORES

Um dado interessante. As patetadas de Eduardo Requião no porto em 2008 deram um prejuízo de US$ 1,3 bilhão aos exportadores, de acordo com levantamento da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec).

Os cálculos da Anec, feitos com base nos dados do porto paranaense, apontam que os custos para fazer uma dragagem são menores que os prejuízos que seriam provocados por um encalhe. Uma embarcação que ficasse encalhada em Paranaguá implicaria prejuízos da ordem de US$ 61,2 milhões por dia (R$ 144,4 milhões na cotação a R$ 2,37), em virtude da não movimentação de cerca de 100 mil toneladas por dia no porto e dos gastos extras com o demurrage.

Já para a dragagem, o porto trabalha com um valor médio de R$ 6 por metro cúbico, para a retirada de 3,6 milhões de metros cúbicos de areia e sedimentos do canal, que resultaria em custo total de R$ 18 milhões.

Sem contar que o porto ficaria interditado por tempo indeterminado até que o governo federal designasse um interventor que fizesse o que o governo Requião em quase dois mandatos não conseguiu fazer. Humilhante!

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

EMPREGO EM BRASÍLIA PODE RENDER AÇÃO NO STF

No afã de arrumar uma boquinha para os irmãos, o governador derrapa perigosamente na tortuosa estrada da lei e fornece munição preciosa aos seus adversários. O advogado Cid Campêlo Filho, autor de dois petardos jurídicos que fizeram balançar a indicação de Maurício Requião ao Tribunal de Contas, avisa que o governador não pode colocar parentes no escritório da representação do Paraná em Brasília.

O governador ofertou o mimo ao irmão Eduardo, que não estava satisfeito com o cargo de secretário dos Transportes. Campêlo cita a súmula anti-nepotismo para detonar as pretensões do governador.

“Ministros ou secretários especiais não são cargos políticos e por isso não podem ser ocupados por parentes (dos chefes do Executivo)”, afirmou. Quem conhece Cid Campêlo Filho garante que ele não ficará de braços cruzados, caso o governador leve adiante a sua idéia de empregar o mano Eduardo em Brasília. O caso tem tudo parar no STF e desta vez as chances de que a lei seja cumprida é grande. Vamos aguardar!

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

VAI ANO E VEM ANO E A FAMÍLIA REQUIÃO EM PRIMEIRO LUGAR!

Os assessores palacianos se descabelam em busca de uma agenda positiva para o que resta de mandato do governador Requião, mas não adianta... O governador só faz esforços em três frentes: procurar briga até com o bispo, carrear privilégios em benefício próprio e cavar bons empregos para os parentes.

Em todos os casos o governador tem se esmerado, mas não deixa de ser pedagógico observar o esforço que ele faz por aqueles que têm o "sangue real", para burlar a lei antinepotismo e abrigá-los sob o generoso guardachuva oficial.

No caso do mano Eduardo, homem que não é fácil de agradar, não bastou a Secretaria dos Transportes. Foi necessário entregar a ele o escritório de representação do Paraná em Curitiba, um cargo que requer alguém com perfil diplomático, o que não bem o caso de Eduardo, que discute consigo mesmo e ainda ganha a parada.

Dizem que seria uma preparação para a pretensão de Eduardo disputar um cargo federal na próxima eleição. Improvável que ele se arrisque a um vestibular tão difícil, sem a máquina oficial a lhe apoiar a empreitada.

Além do mais, qualquer criança sabe que o único Requião com voto, é o Roberto e as pesquisas mostram que mesmo para ele, os sufrágios já estão rareando, um reflexo deste governo panelinha que vem fazendo.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

SEMINÁRIO DE “SALVAÇÃO DO MUNDO” E O DILEMA DOS METALÚRGICOS


Parece que foi ontem que o governador organizou o seminário de “salvação do mundo” - tudo pago pelo combalido ParanáPrevidência, Copel, Sanepar e Detran -, mas dali não saiu uma linha de proposta original para a crise, além do festival de asneiras proferidos pelo governador.


A fantasia se evaporou, mas a dura realidade mostra a cara em 2009. Ontem, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, divulgou um parte do desastre: somadas as quedas dos meses de outubro e novembro, o recuo na produção industrial é de espantosos 7,8%.

Os técnicos apontaram que o setor que mais sentiu o baque foi de bens duráveis (carros, geladeiras, televisores, máquinas de lavar, etc), justo os produtos que têm maior escala de produção, uma vez que demandam vários componentes, e com maior valor agregado. Duplamente ruim.

E o Paraná é uma ilha? Há quem delire com esta ideia (vocês sabem quem!). No mundo de verdade, o Sindicato dos Metalúrgicos faz malabarismos para evitar novas demissões nas montadoras instaladas na Grande Curitiba. A Renault já “encostou” mil funcionários, suspendeu-lhes os direitos trabalhistas à espera de uma melhora na situação. A Volvo, que já demitiu 430 funcionários no final do ano passado, já assinou o mesmo termo e aguarda a oportunidade de usá-lo.

O seminário de “salvação do mundo” não teve o poder de garantir o emprego dos metalúrgicos, só o do pessoal do governo. Talvez porque houve total desprezo da situação local. Não se propôs uma medida para apoiar a economia local. Ao contrário: Requião aprovou um tarifaço que só vai onerar o setor produtivo, mas traz R$ 400 milhões aos cofres do governo. Para eles, é o que importa.

PESSOAL DO GOVERNO PERDIDO NAS CONTAS

Grande ano a todos!
Só para constar: a tal dívida de R$ 34,00, que o governador Requião mencionou ter sido a causa do corte dos telefones por parte da TIM não é da operadora. Esta dívida é reclamada pela Vivo. São os auxiliares do governador que o colocam a perder. Esta gente ganha altos salários, mas frequentemente passa informação errada para o chefe. Só servem para bater palmas, se perguntar por que estão aplaudindo não sabem responder. Puro dever de ofício.

Quanto à TIM, está corretíssimo o comportamento da empresa. Não tem que perdoar dívida de R$ 12 mil, ainda mais do governo. Se os pobres mortais atrasam 15 dias a conta celular, o telefone vira pai de santo: só recebe chamada. Passou de vinte dias é mudez total. Porque com o governador seria diferente? Requião se acha especial, razão pela qual vive se concedendo privilégios e espera que a iniciativa privada também o trate assim. Aqui não, violão!

E outra coisa, olha o desleixo com as contas... Não pagar a conta do celular é o fim da picada! O pessoal da Secretaria da Fazenda é ligeiro para cobrar (vide o tarifaço), mas para pagar nem tanto. O episódio mostra mais uma vez o desgoverno que estamos vivendo, em que calote em operadora de celular vira assunto de Estado e vai render até processo para a operadora, na base do “devo não nego, pago quando puder”. Chegamos ao fundo do poço?