Parece que foi ontem que o governador organizou o seminário de “salvação do mundo” - tudo pago pelo combalido ParanáPrevidência, Copel, Sanepar e Detran -, mas dali não saiu uma linha de proposta original para a crise, além do festival de asneiras proferidos pelo governador.
A fantasia se evaporou, mas a dura realidade mostra a cara em 2009. Ontem, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, divulgou um parte do desastre: somadas as quedas dos meses de outubro e novembro, o recuo na produção industrial é de espantosos 7,8%.
Os técnicos apontaram que o setor que mais sentiu o baque foi de bens duráveis (carros, geladeiras, televisores, máquinas de lavar, etc), justo os produtos que têm maior escala de produção, uma vez que demandam vários componentes, e com maior valor agregado. Duplamente ruim.
E o Paraná é uma ilha? Há quem delire com esta ideia (vocês sabem quem!). No mundo de verdade, o Sindicato dos Metalúrgicos faz malabarismos para evitar novas demissões nas montadoras instaladas na Grande Curitiba. A Renault já “encostou” mil funcionários, suspendeu-lhes os direitos trabalhistas à espera de uma melhora na situação. A Volvo, que já demitiu 430 funcionários no final do ano passado, já assinou o mesmo termo e aguarda a oportunidade de usá-lo.
O seminário de “salvação do mundo” não teve o poder de garantir o emprego dos metalúrgicos, só o do pessoal do governo. Talvez porque houve total desprezo da situação local. Não se propôs uma medida para apoiar a economia local. Ao contrário: Requião aprovou um tarifaço que só vai onerar o setor produtivo, mas traz R$ 400 milhões aos cofres do governo. Para eles, é o que importa.
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