quarta-feira, 14 de novembro de 2007

IRREGULARIDADE EM DRAGAGEM CAUSOU ACIDENTE COM NAVIO EM 2006

O deputado Élio Rusch constatou a partir da análise de documentos oficiais da Marinha que o acidente ocorrido com o navio Maersk Naples, que encalhou em Paranaguá em 2006, ocorreu devido a uma possível irregularidade com a dragagem contratada pela APPA. O deputado informou ter tido acesso ao relatório do inquérito conduzido pela Marinha que sugere a conivência da APPA com a irregularidade. Rusch disse considerar relevante o esclarecimento do episódio diante da situação nebulosa que envolve a nova licitação para dragagem do Canal da Galheta. Em agosto de 2006 o navio Maersk Naples, de bandeira liberiana, estava em manobras finais para deixar Paranaguá, na saída do Canal da Galheta, quando bateu no fundo. Segundo as cartas de navegação, a profundidade no local deveria ser suficiente para o navio navegar no local sem qualquer tipo de problema.O acidente com o Naples resultou em um volumoso inquérito da Marinha. As conclusões sugerem que o acidente foi causado por uma irregularidade em uma dragagem contratada pela APPA a empresa Bandeirantes. A areia deveria ter sido despejada no Banco dos Ciganos, que fica a aproximadamente dez milhas do Porto, acabou sendo jogada em local diferente daquele autorizado. O despejo se deu, segundo as conclusões da Marinha, em local próximo à área de espera dos práticos, a 5,4 milhas do Porto.O custo da dragagem é diretamente proporcional à distância em que se realiza o despejo dos materiais retirados do local dragado. Ao jogar a areia na área dos práticos a empresa barateou seus custos, mas cometeu um crime ambiental (não havia licença do Ibama) e uma irregularidade contratual e colocou em risco a navegação, como se verifica com o acidente do Maersk Naples."O que foi feito em relação a essas irregularidades?", questionou Rusch.

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