terça-feira, 5 de agosto de 2008
BASTA MUDAR A LEI PARA ACERTAR A VIDA DO MAURÍCIO NO TC
Servidão tem limite. A Mesa executiva da Assembléia, através do presidente Nelson Justus, bateu o martelo e descartou qualquer possibilidade de uma nova eleição para acabar com o entrave jurídico que impede que o ex-quase-futuro, conselheiro do Tribunal de Contas, Maurício Contas, possa exercer as prerrogativas do cargo.
A eleição está descartada, mas o plano do governador Requião e da base governista de alterar o artigo 140 da Lei Orgânica do Tribunal de Contas, que define os impedimentos para a atuação dos conselheiros no julgamento de contas de parentes, continua em marcha.
O maior defensor desta tese é o líder do Governo Luiz Cláudio Romanelli. Na ótica sestrosa de Romanelli, é legítimo que a raposa cuide do galinheiro, que o rato seja hospedado na queijaria, que o larápio tenha livre acesso à Casa da Moeda, ou que o bêbado contumaz possa se esbaldar na adega alheia.
Romanelli não vê problema em burlar uma lei, que foi criada justamente para criar uma trava que freou os favorecimentos e jogos de compadres, de um parente julgar e aprovar as contas dos outros.
Removendo o impedimento, Maurício Requião poderá aprovar com louvor as contas do irmão governador, mesmo com todos os furos que elas possam ter. Afinal, caridade começa de casa e disso ele entende muito bem.
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