terça-feira, 29 de julho de 2008

SAUDOSISMO E MEIAS VERDADES


O governador Requião gosta de falar da sua primeira eleição, aquela em 1985, quando saiu de 3% de intenção de votos e conseguiu se eleger, apesar do favoritismo do oponente. Requião tem insistido nesta história nos últimos dias, principalmente depois que foi divulgada a pesquisa Datafolha, dando 72% ao prefeito Beto Richa.

Requião só não fala para a sua platéia insossa que ele não se elegeu por mérito próprio. Quem o pegou pela mão e levou para visitar casa por casa de Curitiba, terminais de ônibus e portas de fábrica, foi o ex-governador José Richa, cuja popularidade garantiria até a eleição de um poste, desde que tivesse seu apoio.
Isso Requião não conta. Também não diz que no instante seguinte que se elegeu apunhalou José Richa pelas costas, como sempre faz.

E por falar em viradas, matéria de O Estado do Paraná de domingo também fala das viradas eleitorais, inspirada nesta tirada de Requião, mas também comete o pecado de não embasá-las historicamente. Não se sabe se por omissão ou por desconhecimento do autor.

Cita também a volta por cima de Rafael Greca, em 1992, contra Maurício Fruet e Cássio Taniguchi, sobre Maurício Requião. Mas não explica que ambos, tanto Greca como Taniguchi, tiveram como padrinho Jaime Lerner, que na época era o maior eleitor de Curitiba.

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