quinta-feira, 17 de julho de 2008

POR QUE A TOYOTA PREFERIU SÃO PAULO


Nas hostes governistas, ninguém deu um pio sobre a decisão da fábrica da Toyota de se instalar em Sorocaba (SP) e não em São José dos Pinhais, no Paraná. Há algumas semanas, o time de Requião dava como favas contadas a instalação da montadora no Paraná, chegando a dizer que a questão estava apenas por um decreto de liberação ambiental, que seria decisivo para o anúncio. Pelo que se viu, a coisa não era tão simples.

Os japoneses conversaram com governos de dez estados mas encontraram em Sorocaba as condições ideais para se estabelecer. Eles fizeram 101 reuniões com o prefeito Vitor Lippi e este contou com todo o apoio técnico do governador José Serra.
E aqui, o prefeito Leopoldo Meyer teve este respaldo? Duvidoso.

Requião só sabe que prefeito existe em época de eleição. Aí ele leva os caras andar a cavalo na Granja Cangüiri, faz almoços e jantares. Passadas as eleições, acabou a cordialidade. Para quem o apoiou, o governador dá umas migalhas e quem fez outra opção manda fechar as torneiras. Vejam o caso de Curitiba e tantas outras cidades.


Tem mais: no auge das negociações decisivas, o governador foi passear na Argentina. É o tipo de desfaçatez que os paranaenses conhecem bem, mas os estrangeiros interpretam como pouco caso. E não dá para tirar-lhes a razão.


Venceu quem deu mais atenção aos investidores, afinal eles vão torrar R$ 600 milhões e podem chegar até a R$ 1 bilhão, se acoplarem ao projeto uma fábrica de peças, e vão gerar 2,5 mil empregos diretos.
Bom para os paulistanos!

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