quinta-feira, 19 de junho de 2008

SANEPAR COBRA TARIFA MAS FICA DEVENDO TRATAMENTO DE ESGOTO


A questão é polêmica e o governo sempre usa o discurso da universalização da água como bem público. Só que toda esta cantilena não resolve a situação do cidadão que não conta com rede de esgoto. Recentemente, o jornal Gazeta do Povo fez um amplo levantamento e constatou que quase a metade dos paranaenses não dispõe de serviços de tratamento de esgoto.
Mas a Sanepar nunca deixou de cobrar tarifa religiosamente de todos os municípios. Cobra mas não presta o serviço. Para onde vai o dinheiro? Há denúncia gravíssimas, varridas para baixo do tapete de Requião, de que a Sanepar se transformou num cabide de empregos sem igual neste governo. E não dá para esquecer do caso Pavibras, em que a estatal pagou aditivos milionários por obras que não foram entregues.
E também se sabe que a Sanepar, em alguns, casos recolhe o esgoto mas despeja diretamente nos rios, sem tratamento. A própria empresa polui e depois sofre com a escassez de mananciais para fornecer água potável para a população.
E as nossas praias, então? É uma verdadeira nojeira a língua negra de esgoto cortando a areia e despejando direto no mar. O que deveria ser um cartão postal, com amplo potencial turístico é motivo de vergonha e foco de doenças.
Por estas e outras é evidente que o papel da Sanepar precisa ser rediscutido. A empresa não pode servir de instrumento político, deste ou de outros governos. Se é um bem público, se tem um papel tão relevante assim para a coletividade, não pode ficar à mercê de um governo que a transforma numa central de mordomias custeadas com dinheiro público. É preciso que ela tenha um gestão profissional para que consiga cumprir a função que lhe foi delegada.

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