O governador Requião quer evitar que o público descubra quanto custa manter seus cavalos na Granja Cangüiri. Por isso enviou uma PEC à Assembléia propondo escancarar os gastos de todos os poderes - Executivo, Legislativo e Judiciário. Parece uma atitude transparente, mas na verdade é uma manobra diversionista. O governador quer posar de paladino da justiça, que não tem nada a esconder, mas a realidade é bem ao contrário. Primeiro: o governador só entregou os gastos com cartões corporativos porque a Justiça o obrigou, acatando ação dos deputados Valdir Rossoni (PSDB) e Plauto Miró Guimarães (DEM). Segundo: quando pisam no calo do governador, ele vira uma fera e daí tira da cartola peças folclóricas como esta que já está sendo chamada a PEC da vingança. Terceiro: o governador só quer desviar a atenção, dar entrevistas defendendo a transparência dos poderes, quando o seu governo é o campeão de casos nebulosos e turvos, mas a idéia é confundir a opinião pública, principalmente os desavisados. Quarto: quando a coisa se acalmar, o governador manda retirar a PEC da da vingança e morre assunto, manobra idêntica à usada naquela PEC do Nepotismo, depois que conseguiu rejeitar o projeto original do deputado Tadeu Veneri (PT).
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