terça-feira, 11 de dezembro de 2007

HERANÇA MALDITA DO GOVERNO REQUIÃO PREOCUPA CONGRESSISTAS DO PARANÁ


É de arrepiar. Representantes do Paraná no Congresso Nacional e potenciais sucessores do governador Roberto Requião (PMDB) são unânimes em afirmar que o futuro financeiro do Estado, por conta do saldo devedor - hoje em mais de R$ 1 bilhão - de uma dívida herdada do processo de saneamento e privatização do Banestado, compromete seriamente o futuro do Paraná.
Já alertamos neste espaço que a herança maldita que será deixada pelo governador Requião no da caso da multa do antigo Banestado, nos processos que as concessionárias de pedágio movem contra o Estado, a briga com Syngenta Seeds, tudo isso soma uma dívida gigantesca nos moldes da gerada pelo processo da ferrovia central do Paraná. Se tudo isso for cobrado o Estado quebra, conforme já alertaram procuradores.
Desde 2003, quando Requião decidiu não honrar os títulos dos Banestado, a Secretaria do Tesouro Nacional (STN) passou a aplicar multa mensal de R$ 5 milhões, retendo valores de transferências da União para o Paraná. Segundo a procuradora-geral do Estado, Jozélia Broliani, mais grave que a multa mensal é o saldo devedor, que dobrou nos últimos três anos, já ultrapassa R$ 1 bilhão e deve começar a dobrar a cada ano.
Com um peso destes, o senador Osmar Dias (PDT) teme que o Estado se torne ingovernável. “Só existem duas possibilidades de resolver esta questão. Ou o governo federal assumir a dívida ou o credor, no caso o banco Itaú, desistir dela. As duas hipóteses são remotas”. Neste caso, não dá para trocar votos a favor da CPMF pelo perdão da dívida, porque o PDT, partido do senador, já fechou questão a favor do imposto do cheque. Mesma situação do petista Flávio Arns.
O deputado federal Gustavo Fruet (PSDB), toca na ferida. “Quem assumir vai herdar algumas bombas, sendo este saldo devedor a pior delas. Acho que o governo Requião demorou para agir e está ficando claro que não tem o prestígio que imaginava com o governo federal”.

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