segunda-feira, 11 de junho de 2007

PRESTAÇÃO DE CONTAS DA SAÚDE NÃO FOI SATISFATÓRIA

 

A audiência pública realizada na semana passada, na Assembléia, para prestação de contas do 4º trimestre de 2006 da área da saúde do governo não foi considerada satisfatória para os deputados da Oposição.

            O secretário estadual da Saúde, Cláudio Xavier, não apresentou planilhas com valores previstos para a pasta e tampouco os investimentos realizados no exercício de 2006.

O líder da Oposição, deputado Valdir Rossoni (PSDB), viu contradições evidentes durante a sabatina com Cláudio Xavier. Ao ser indagado pelo deputado sobre o número de hospitais inaugurados em quatro anos e cinco meses em que está à frente da pasta no governo Requião, Xavier admitiu que não inaugurou nenhum. De acordo com Rossoni, a afirmação contrasta com a propaganda governista feita durante o ano passado, que propalava a idéia de que estariam sendo construídos 24 hospitais de grande porte no Paraná.

 "A saúde no Paraná vai muito mal. As prefeituras não agüentam mais o convênio para o transporte de pacientes para a capital. A grande verdade é que só vemos a saúde bem no período eleitoral", afirmou Rossoni.

            Para Rossoni, a falta de um programa de Saúde sério no estado ficou evidenciado no depoimento de Xavier que, convocado para prestar contas sobre recursos aplicados no SUS, se mostrou despreparado diante dos questionamentos dos deputados. "Ele só diz que há uma expectativa de que alguns hospitais sejam inaugurados no fim do ano, mas não diz onde nem em que condições. Assim fica difícil", criticou.

O secretário Xavier afirmou ser demagógica a criação do curso de medicina no município de Ponta Grossa e foi contestado por Rossoni que propôs a realização de uma audiência para debater o assunto. "Vamos marcar uma data para discutir a criação do curso de medicina em Ponta Grossa. Para a Secretaria a criação foi demagogia, mas para a população esse curso não se tratava de demagogia, era necessário" indagou Rossoni.

O deputado Marcelo Rangel (PPS) denunciou o descaso do governo com a falta de UTIs em Ponta Grossa e denunciou a condição agonizante de um pedreiro vítima de bala perdida, cuja família teria recebido o comunicado de que só conseguiria vaga em um leito de UTI, caso um paciente na Unidade de Tratamento Intensivo morresse. "Esse é o quadro da Saúde no Paraná", atacou Rangel.

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