terça-feira, 25 de novembro de 2008

ORÇAMENTO DO PARANÁ É PURA FICÇÃO

Se orçamento público já é uma peça de ficção, o do governo do Paraná, então é praticamente uma minissérie, tipo Lost, com final imprevisível e sempre com possibilidades de reviravoltas dramáticas. O governador Requião se recusa a cortar o Orçamento de R$ 22 bilhões, mesmo sabendo que certamente a arrecadação cairá dramaticamente em 2009, por conta da redução da atividade econômica.

Dias destes, o deputado Valdir Rossoni (PSDB), disse que o governador pensa que o Paraná está numa ilha e não será atingido por uma crise. Só se for a ilha de Lost (cuja tradução é "Perdidos").
Interessante é que os deputados da base do governador, como o relator Nereu Moura (PMDB), admitem que esta previsão de arrecadação de fato é irreal, levando-se em conta todas as projeções de crescimento de 2009, que apontam para resultados mais magros, mas preferem não contrariar o chefe.

Ou seja, vão deixar para estourar na hora em que o governo for buscar o dinheiro para custear as despesas e ele não estará lá, porque não existe mágica. Daí o corte o virá na marra, no pior momento, em que todos precisam do dinheiro. É o jeito Lost de administrar: um susto a cada esquina, ou a cada moita, como queiram.

Ou isso ou inventa outro tarifaço para aumentar impostos e cobrir o rombo, dá uma maquiada e tenta passar na Assembléia, com a promessa que serão liberados recursos para projetos de deputados. Só não vão prometer demais. Lembrem-se, o Orçamento está curto!

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