terça-feira, 11 de novembro de 2008

FIEP ENDOSSA O TARIFAÇO PARA COBRIR ROMBO DO GOVERNO

A Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), fez as contas e concluiu que o tarifaço, disfarçado de reforma tributária do governo Requião trará benefício para os mais pobres.

Segundo a Fiep, a redução de 18% para 12% nas alíquotas de ICMS para 95 mil itens de consumo pode aumentar R$ 315 milhões por ano a renda de consumidores que recebem até sete salários-mínimos por mês. Isso representaria um aumento de 0,89% na renda de 3,8 milhões de paranaenses.

De acordo com a Fiep, a tendência para o ano que vem é que empresas procurem reduzir os preços, tanto pela lei da concorrência quanto pela necessidade de manter as vendas, devido à crise financeira que contamina produção.Tudo muito bom, mas a Fiep não fala uma linha sobre o aumento de alíquota de 26% para 28% da luz, combustíveis, telefonia, bebidas e cigarros, que virá na mesma canetada da redução.

Não precisa ser economista para deduzir que pelos menos três destes insumos impactam a produção em toda a escala.Seria mais honesto da parte do governo e da Fiep admitir publicamente que o governo tem um rombo de caixa de R$ de 500 milhões e que para cobri-lo é necessário por a mão no bolso dos cidadãos.

Dizer que os assalariados terão ganhos mirabolantes na base de redução de ICMS é uma falácia, cujo objetivo é única exclusivamente de iludir o povo, uma vez que não se tem garantias que os preços dos produtos caíam e segundo porque a elevação das alíquotas na outra ponta vai onerar a produção.

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