Mauro Moraes (PMDB) é deputado da base do governo. Mas quando o assunto é segurança pública, ele marca em cima. É um crítico contumaz das gestões de Luiz Fernando Delazari, caracterizadas pela escalada da violência no Paraná.
Agora, que a Assembléia começa o discutir o orçamento de 2009, Moares notou que pela proposta, o setor de segurança receberá 24% a mais de recursos no ano que vem: passará de R$ 1,24 bilhões para R$ 1,53 bilhões.
O deputado pergunta: “para onde vai todo este dinheiro?” Em 2008 o governo estadual destinou 6,5% do seu orçamento para o setor, o que corresponde a R$ 98,67 por habitante.
Para Moares, toda esta grana daria para aumentar o efetivo da Polícia Militar, que deveria ser de pelo menos mais 5 mil integrantes, com maior efetivo nas fronteiras do Estado, além da implantação de um novo batalhão da PM na Região Metropolitana de Curitiba , com 700 policiais.
Mas o que se observa é um movimento exatamente contrário: há um encolhimento no efetivo policial. Segundo levantamento dos deputados de oposição, o Estado conta com 17.276 policiais civis e militares.
Inclui-se aí aqueles que não vão para o “front” como o pessoal administrativo, polícia de trânsito, inclusive aqueles que estão à disposição do governador na Granja do Canguiri, no Museu Oscar Niemeyer, etc, etc. O que já é pouco fica ainda mais minguado para fazer o policiamento de fato. Os criminosos, claro, agradecem, penhoradamente.
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