terça-feira, 21 de outubro de 2008

GOVERNADOR CURTE FÉRIAS EM DUBAI ENQUANTO HOSPITAIS DE CURITIBA ESTÃO NO LIMITE DA CAPACIDADE


O governador pensa com seus botões, afinal que roupa usar em Dubai? Camisa jeans, certamente não. Lá faz calor de 45 graus à sombra. Se bem que o Dubai Hotel tem um poderoso sistema de ar-condicionado, televisores folheados a ouro, restaurante embaixo d'água, onde se pode ver a vida marinha enquanto se degusta pratos exóticos e caros: uma entrada de refeição custa um salário mínimo. Ali, Carta de Puebla nem pensar.

Enquanto o governador e comitiva se esbaldam no luxo deste recanto de marajás, a crise na saúde pública em Curitiba se torna cada vez mais grave. Os hospitais de pronto-atendimento – Cajuru- Evangélico e do Trabalhador -, estão à beira da exaustão. No domingo, o hospital Cajuru passou a rejeitar pacientes porque estava no limite da sua capacidade.

Nada disso sensibiliza o governador, que virou às costas a Curitiba desde que o prefeito Beto Richa deu apoio a Osmar Dias nas eleições de 2006. Desde então, mandou fechar as torneiras para Curitiba no afã de castigar o prefeito, uma estratégia que se mostrou equivocada e para isso basta ver a votação consagradora que Richa obteve na sua reeleição.

Na Agência Estadual de Notícias, um release anuncia pomposamente que os “Novos hospitais vão permitir reorganizar fluxo de atendimento”. O problema é a demora para que isso se torne realidade. A enrolação vem desde o governo passado de Requião e ainda foi mote da sua campanha à reeleição.

Enquanto o povo não tem atendimento no interior, continua vindo buscar socorro em Curitiba. Mas e daí? Para que se preocupar com o povo quando se pode curtir férias em Dubai às custas do erário?

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