Perder a eleição para prefeito em Curitiba não é vergonha, principalmente quando se disputa com um franco favorito, como Beto Richa. Vexatório e repugnante é deixar rastros sujos por onde passa.
O ex-reitor da Universidade Federal do Paraná, Carlos Augusto Moreira Jr. está sendo alvo de uma denúncia cabeluda que aponta favorecimento a empresas de curso à distância. O caso veio a público pela rádio Band News FM, através de reportagem de Aline Castro.
Moreira nega mas não quis gravar entrevista. A Polícia Federal já entrou na investigação do caso que envolve cerca de R$ 19,5 milhões em arrecadação irregular, envolvendo a Funpar e a Escola Técnica da Universidade Federal do Paraná.
Segundo o Ministério Público Federal, existe suspeita de enriquecimento ilícito de quatro empresas: Instituto Tecnológico de Desenvolvimento Educacional (IBPT), Instituto de Educação Ciência e Tecnologia, Associação dos Massoterapeutas do Brasil e Golden Consultoria Educacional.
Elas foram contratadas para prestar cursos usando a estrutura e material da UFPR. Uma coisa totalmente sem sentido, já que a UFPR possui pessoal e todo material necessário para estes cursos, dispensando a terceirização.
Pior de tudo é que o presidente do IBPT, Reginaldo Daniel, um dos acusados, disse que levou ao conhecimento de Moreira, que sofreu represálias ao se negar a pagar quantias à Escola Técnica da UFPR, que não estavam no contrato e este não tomou nenhuma providência.
Mesmo que não fosse candidato, o dever de Moreira – ou de qualquer outro que lá estivesse -, era prezar pelo bem público. O mínimo que se esperava é que determinasse a apuração dos fatos e a suspensão do procedimento.
Há tempos, os deputados de oposição cobram esclarecimentos sobre os convênios da Funpar e parece que agora finalmente uma investigação vai lançar luz sobre eles.
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
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