“As atitudes recentes do governador Requião não causam estranheza. Todos conhecem a forma dele agir para burlar as decisões da Justiça”, disse o líder do bloco oposicionista, deputado Élio Rusch (DEM). “Não se pode aceitar que no afogadilho se faça um decreto para no dia seguinte sumir com esse decreto e agora usar de artifícios para nomear o irmão como secretário dos Transportes”, criticou.
A fala do deputado retrata bem a cena política do momento: o governador Requião movendo mundos e fundos para escapar dos efeitos da súmula vinculante do STF, contra o nepotismo e manter seus parantes empregados. Nisso aparece decreto, some decreto na marcha insana para manter a mamata da parentalha.
Rusch questionou ainda como ficará a superintendência da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA) caso Eduardo Requião seja efetivado na Secretaria dos Transportes. “A APPA é vinculada à Secretaria de Transportes. Se o Eduardo for nomeado secretário da pasta, vai acumular a superintendência da APPA ou será uma outra pessoa quem comandará o Porto?”, completou.
E olha o arranjo que o governador fez para não desagradar Rogério Tizzot, que até então era o secretário de Transportes de plantão: criou um cargo para ele como secretário especial de “Assuntos Rodoviários”, o que no fundo é a mesmíssima coisa que secretário dos transportes. Tudo para burlar a lei, tema no qual o governador se tornou especialista.
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