O autor, deputado Fernando Carli Filho (PSB), que integra o Bloco de Oposição na Assembléia, explica que o objetivo é anular os efeitos da Emenda Constitucional 24/2008, que proíbe a participação de empresas privadas na operação do sistema de água e esgoto nos municípios paranaenses.
A PEC da Água, aprovada no início de julho pela Assembléia Legislativa com o apoio da bancada do governo Requião, fere a regra estabelecida pela Constituição Federal segundo a qual a responsabilidade pelos serviços de concessão de água e esgoto é de competência dos municípios.
Na verdade, o governo Requião tirou a PEC da Água da cartola , para evitar que os municípios paranaenses rompessem os contratos de concessão que mantêm com a Sanepar, e contratassem empresas privadas para gerir esses serviços.
Nunca é demais lembrar que a Sanepar está aí há décadas e não cumpre com totalidade seu papel. Recente levantamento mostrou que quase metade dos paranaenses não conta com serviços de tratamento de esgoto. Mas a estatal nunca deixou de cobrar religiosamente as tarifas daqueles que não atende.
Há ainda sinais claros de gestão temerária na Sanepar. O pagamento de aditivos milionários à Pavibras, o cabide de empregos na área administrativa, demonstram a falta de compromisso da atual gestão com a população.
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