quarta-feira, 14 de maio de 2008

A DENGUE VEM AÍ?


Passou batido entre a diatribes da Escolinha um alerta sério feito pelo secretário de Saúde, Gilberto Martin. Nas palavras dele, se nada for feito, o Paraná enfrentará uma epidemia de dengue sem precedentes. Se o governo está admitindo que os esforços oficiais feitos podem não ter nenhum efeito prático para combater o mosquito é porque a situação é grave e já serve como salvo conduto para um eventual desastre que pode estar logo ali na frente.
Em 2007, ano do pico da incidência da doença, o Paraná teve mais de 25 mil casos confirmados e, nos primeiros meses deste ano, são 435 casos confirmados. Diante do tamanho do problema, até o governador Requião que normalmente escorraça os alarmistas de plantão, mesmo quando este têm razão (vide o caso do Porto de Paranaguá), ordenou que a Secretaria de Comunicação faça jornais para orientar a população a combater a dengue.
Mais uma medida puramente pontual para enfrentar um problema que precisa do envolvimento da vontade do poder público, da mudança da cultura da população, combate à pobreza e investimento alto em medicina comunitária, tarefas com envergadura grande demais para um governo que não consegue nem botar para funcionar os hospitais regionais.

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