O Terminal de Álcool, construído no Porto de Paranaguá e inaugurado com pompa e circunstância pelo governador Requião e o irmão Eduardo, no ano passado, ainda não está funcionando. O pessoal da Appa diz que a estrutura ainda não está operando por problemas burocráticos, mas os técnicos do Instituto de Engenharia do Paraná (IEP), têm uma versão bem menos poética.
Segundo estudos do IEP, há graves erros de concepção no terminal. As tubulações são inadequadas para escoar álcool. O material que deveria ser usado era aço inoxidável, devido ao alto poder corrosivo do produto, mas não foi isso ocorreu.
Além do mais, o posicionamento dos tanques também não atende o disposto nas mais elementares cartilhas de segurança, colocando o complexo em risco. Para definir em uma expressão, o terminal é uma bomba atômica.
Outra falha grave é que nenhum profissional assinou termo de Responsabilidade Técnica pela obra. Se alguma coisa acontecer, não há como responsabilizar ninguém. Foram gastos em torno de R$ 15 milhões na obra e ela não pode funcionar, sob risco de causar um grave acidente. Para adequar o terminal às condições mínimas de segurança é preciso gastar mais R$ 8 milhões, segundo estimativas do IEP.
Taí um bom assunto para o novo procurador-geral, Olímpio de Sá Sotto Maior, escrafunchar e propor punições severas para os culpados. A não ser que ele não esteja a fim de barulho...
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