Embora o preço dos televisores esteja em queda livre no varejo, o que vale mesmo para modelos mais sofisticados de LCD e plasma, os aparelhos laranja adquiridos pelo governo do Paraná fogem desta lógica de mercado, e estão custando cada vez mais caros para o contribuinte. A brincadeira já está em R$ 25 milhões, segundo apurou a Bancada de Oposição na Assembléia, que protocolou um requerimento pedindo informações ao secretário de Estado da Educação, Maurício Requião, sobre os 22 mil televisores da marca CCE fornecidos pela Indústria de Móveis Cequipel Paraná LTDA, em dezembro de 2006. Foi comprovado que o negócio (R$ 18,9 milhões) foi superfaturado. Mas o problema não para aí. O governo ainda teria gasto R$ 1,5 milhão no aluguel de um depósito para estocar os televisores, R$ 146 mil com o frete e outros R$ 500 mil no desenvolvimento de um software para equipar as TVs. Segundo o líder da oposição, deputado Valdir Rossoni (PSDB), o secretário de Educação afirmou que o software estava incluído, portanto não representaria qualquer custo adicional. “A Secretaria está contratando uma empresa para desenvolver o software, que disseram que seria gratuito. Acreditamos que o valor inicial de R$ 18,9 milhões possa chegar a R$ 25 milhões”, afirma.
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