segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

GOVERNO QUEBROU O ESTADO E QUERIA SE SOCORRER NO BOLSO DO PARANAENSE

O medo da derrota fez com que o governador Requião recuasse na questão do tarifaço. A opinião é do vice-líder da Oposição, deputado Élio Rusch (DEM): “Sabendo que ia perder e, para não ficar muito feio – porque feio já ficou –, o governador recuou. É que a sociedade ficou sabendo que a pretensão do governador era aumentar a carga tributária. Mas, felizmente, a oposição, dessa vez, foi mais forte que o Governo”, disse.

Para o senador Osmar Dias, a necessidade do tarifaço se explica pela necessidade de cobrir gastos com as concessões tributárias e programas assistencialistas. “De tudo o que vi durante a campanha eleitoral, como programas que faziam concessões tributárias e programas assistencialistas, demandam muitos recursos. Tudo isso tem que ter uma fonte que, hoje, está esgotada. Por isso veio o pacotaço. Eu sabia que aquilo que se propunha na campanha ia ter um custo para a população”.

Valdir Rossoni, líder da Oposição disse que o governador preparou uma “facada” no bolso dos paranaenses, mas os deputados da oposição fizeram um trabalho fantástico. Fizeram com que o poderoso chefão recuasse. Os paranaenses não suportam mais impostos”, resume, ao afirmar que a oposição na Assembléia Legislativa está demonstrando força. “O governador tem que se curvar à vontade e à determinação da população”, destacou.

Já o deputado Carli Ribas Filho (PSB) atribuiu a desistência do tarifaço, porque o governo percebeu que não havia como disfarçar que o pacote era simplesmente para aumentar a arrecadação. “Depois de Alice no País das Maravilhas, agora ele vem com essa fábula de Robin Hood. É mais uma de suas peripécias eloqüentes”, disse.

O deputado Plauto Miró Guimarães diz que o estado enfrenta problemas de caixa por causa do “inchaço da máquina administrativa com a multiplicação dos cargos em comissão é um dos grandes problemas da atual administração. A situação financeira do Estado se tornou calamitosa por causa do exagero de cargos comissionados, somado ao das secretarias inúteis”. Em quatro anos, o governador Requião criou 688 cargos em comissão.

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