O site Revista Capital (www.revistacapital.com.br), mostrou com clareza porque os sem terra estão cada vez mais ousados no Paraná, por culpa da leniência do governador e do secretário de Segurança. Já dissemos aqui mais de uma vez que a polícia do Paraná é política, só prende os inimigos do governador (veja o caso de Elma Romanó). Recentemente, já foram registradas duas mortes em conflitos de terra e o governador parece não estar nem aí. Por isso é válida a leitura de textos como este. Para que não viu ainda, reproduzimos na íntegra:
O ovo da serpente
Pode anotar: a leniência devotada pelo governo companheiro de Requião aos chamados "movimentos sociais" ainda vai custar caro. Se é que as duas mortes do conflito ocorrido em outubro na fazenda da Syngenta já não suficientes. Pois ontem (22), perto de Cascavel, mais um bando de aloprados - desta vez pertencentes ao Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST) - decidiu agir ao arrepio da lei. Invasor de área da Agropecuária e Reflorestamento Bom Sucesso, o bando manteve repórteres da CBN e oficiais de justiça em cárcere privado por cerca de uma hora. O episódio foi emblemático. Mostra que, no Paraná, os "movimentos sociais" já se consideram blindados pelo governo - e, consequentemente, por sua polícia - até mesmo para cometer crimes contra a liberdade individual. É grave. Muito grave. Mas previsível, em um Estado onde a Polícia Civil é capaz de cometer um inquérito absurdo - sobre o conflito já citado, na Syngenta, entre vigilantes e sem terra - em que responsabilizou apenas os primeiros pelo confronto que registrou vítimas dos dois lados. O morto do MST, Valmir Mota de Oliveira, virou mártir. Já o vigilante tombado, Fábio Ferreira, corre o risco de ser indiciado "post mortem" pela polícia "de esquerda" de Requião. Brincar de Hugo Chávez, na Escolinha, pode até ser engraçado. O auditório de macacas comissionadas torce e aplaude. Com o Estado de Direito, entretanto, não dá para fazer piada. E muito menos com as liberdades individuais. Aí a galhofa começa a entrar em um terreno muito perigoso. Mesmo para quem se considera acima da lei, como é o caso do timoneiro e sua trupe.
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