sexta-feira, 5 de outubro de 2007

ATÉ QUANDO A COMPAGAS VAI SEGURAR OS REAJUSTES?


A Compagás bate no peito e diz que não vai repassar para os consumidores o reajuste de 9% do gás natural, promovido pelo bolivariano Evo Morales, o homem que fica na outra ponta do tubo. Segundo a Compagás, o objetivo principal “é fazer com que o gás natural seja um aliado no negócio dos clientes, proporcionando economia e aumentando a rentabilidade”.
Puxa! Capricharam tanto no discurso que esqueceram de explicar o que acontecerá com o represamento dos reajustes, já que há dois anos a Compagas está segurando as pontas. Qualquer pessoa medianamente familiarizada com números sabe muito bem que esta matemática não fecha. Em algum momento, os custos deverão ser repassados e quando isso acontecer será muito mais impactante. E se não for assim, o subsídio vai corroer os ativos da Compagás. É a perversa lógica econômica: quando alguém ganha, outro alguém perde, ou deixa de ganhar.
Se a Compagás quer tomar uma atitude séria em defesa dos seus clientes, deveria instigar o Ministério das Minas e Energia negociar reajustes técnicos com a Bolívia, a partir da planilha de insumos da empresa e a relação custo-benefício. Claro que é uma missão difícil, principalmente depois que Morales levou na mão grande duas refinarias da Petrobras por US$ 100 milhões, fruto da política entreguista de Lula. A realidade é assim: pagamos pelas nossas escolhas.

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